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11 de fevereiro: 1 ano da morte do jornalista Ricardo Boechat

Ricardo Boechat-Foto Reprodução
O dia 11 de fevereiro de 2019 ficou marcado no jornalismo brasileiro pela perda de um de seus representantes mais queridos pelo público: Ricardo Boechat. O presentador estava em um helicóptero que caiu em cima de um caminhão, próximo ao acesso à Rodovia Anhanguera, na chegada a São Paulo. O piloto Ronaldo Quattrucci também morreu no acidente.
Foto: Reprodução/Arquivo/TV Globo
"Um ano sem ele e minha admiração, meu respeito e meu amor só crescem", escreveu na manhã desta terça-feira (11) em suas redes sociais  jornalista Veruska Seibel Boechat, de 46 anos, sobre o marido, o também jornalista Ricardo Boechat, morto aos 66 anos de idade num acidente com helicóptero em São Paulo.

Ronaldo Quattrucci, piloto mortoem acidente
 com Boechat — Foto: Reprodução/Facebook
Além dele, o piloto da aeronave, Ronaldo Quattrucci, de 56 anos, morreu na queda ocorrida em 11 de fevereiro de 2019 no Rodoanel.

Exatamente um ano depois, a Aeronáutica e a Polícia Civil ainda não concluíram as investigações sobre as prováveis causas e eventuais responsabilidades pela tragédia que matou os dois. As informações são da Força Área Brasileira (FAB) e da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do estado (leia mais abaixo).

Veruska trabalha atualmente na Bandeirantes, mesma emissora onde Boechat atuou antes de morrer. Na postagem que fez em homenagem ao marido no Instagram, a viúva agradeceu a ele por ser"o melhor pai que" ela "poderia ter escolhido para" suas filhas, Valentina, de 15, e Catarina, 11.

O jornalista também era pai de mais quatro filhos, três mulheres e um homem, frutos de um relacionamento anterior.

"Ser humano mais admirável e generoso que já conheci, jornalista insubstituível, marido que eu amava profundamente", publicou Veruska sobre Boechat, ganhador de três prêmios Esso de jornalismo.

Leia abaixo a íntegra do texto escrito por ela para o marido:

"Um ano sem ele e minha admiração, meu respeito e meu amor só crescem.

Melhor pai que eu poderia ter escolhido para as minhas filhas, ser humano mais admirável e generoso que já conheci, jornalista insubstituível, marido que eu amava profundamente.

Se me tivesse sido dada a chance de escolher como seriam nossos últimos momentos juntos, eu pediria exatamente do jeito que foi. E a isso serei eternamente grata.

Nestes 365 dias tive certeza de que nada é mais verdadeiro do que o clichê de que devemos viver cada segundo como se fosse o último.

Não deixe para amar depois, não deixe pra ser feliz depois.

Meu maior consolo foi eu não ter deixado.

Não há um só dia em que eu não ouça a voz dele me ensinando, me amparando, me dizendo: “Veruska Seibel (era assim que ele me chamava quando queria falar sério), eu não me preocupo com as meninas quando eu não estiver mais aqui porque você é a melhor mãe que eu já conheci.”

Muito obrigada, Ricardo Boechat, por tanto amor e por essas duas princesas que são a razão da minha vida."

Por meio de nota encaminhada à reportagem, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, alegou que, devido à complexidade do caso, não há um prazo definido para finalizar a apuração do que pode ter causado a queda do helicóptero. Quando isso ocorrer será emitido um comunicado com medidas preventivas para aeronaves do mesmo modelo que se acidentou.

Já a pasta da Segurança Pública estadual comunicou que a investigação policial tenta esclarecer, além das causas do acidente, se alguém ou algum órgão contribuiu para o acidente que matou o jornalista e o piloto.

A nota da secretaria, no entanto, não explica o que falta para a conclusão do inquérito e reafirma que o caso segue sob "sigilo".

A reportagem apurou, porém, que o 46º Distrito Policial (DP), em Perus, ainda aguarda o relatório da FAB sobre a queda da aeronave para somente depois disso encerrar a investigação na esfera criminal. O documento pode nortear a investigação a entender o que aconteceu com o helicóptero.

Boechat e Quattrucci morreram em decorrência de politraumatismos causados pelo impacto entre o helicóptero e o caminhão, indica laudo do Instituto Médico Legal (IML).

Laudo do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo aponta que o caminhão que colidiu com o helicóptero que levava o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci estava a aproximadamente 40 km/h no momento da batida. O veículo tinha acabado de sair da praça de pedágio do Rodonel em direção à Rodovia Anhanguera.

Apesar disso, policiais que participam da investigação informaram que as provas do inquérito indicam até o presente momento que o acidente entre o veículo e o helicóptero que deixou Boechat e Quattrucci mortos não foi criminoso.

Diante disso, não há como a polícia criminalizar o motorista do caminhão pela batida e, muito menos, pelas mortes já que ele foi surpreendido pela aeronave.

Por: Redação/G1

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