Foto Reprodução Rede Globo |
Na noite deste domingo, 23, a Estação Primeira de Mangueira
protagonizou um desfile repleto de ofensas ao cristianismo, representando Jesus
como uma mulher, ridicularizando a fé católica e exaltando valores defendidos
pela chamada teologia da libertação, condenada por São João Paulo II, mesmo
após um pedido prévio da Arquidiocese do Rio de Janeiro para que a tradicional
escola de samba carioca não ofendesse o sentimento religioso dos milhões de
católicos brasileiros.
O
tema do desfile da Estação Primeira da Mangueira foi tomado da passagem bíblica
de Jo 8,32, em que que Jesus diz “A verdade vos libertará”.
Entretanto, longe de exaltar valores religiosos, a escola protagonizou uma
série de ofensas aos cristãos começando por ridicularizar a figura de Jesus
Cristo ao representá-lo como uma mulher no desfile.
Quem
associou o tema da Mangueira à teologia da libertação foi um dos seus maiores
expoentes no Brasil, o ex-franciscano Leonardo Boff, que se define como
ecoteólogo de matriz católica e cujos ensinamentos de algumas obras foram
questionados pelo então Cardeal Joseph Ratzinger.
Em entrevista em um portal de notícias da Band, Boff comentou o
samba enredo da Mangueira afirmando que partilha com a escola de samba carioca
a visão de um Jesus Cristo mais humano – menos o Jesus Glorioso, mais o amigo e
defensor dos pobres.
“Essa dimensão de Jesus foi
especialmente enfatizada pela Teologia da Libertação, que tem nos oprimidos e
nos crucificados na história seu ponto de partida e de ação. Ela quer, como
Jesus, libertar toda esta gente. Essa é a mensagem clara do enredo da
Mangueira”, declara o teólogo, que critica a reação mais extremista ao trabalho
de Vieira: “os ultra-conservadores de hoje representam os que tramaram a
liquidação de Jesus”.
“A Mangueira, com seu enredo e sua
arte, fez uma pregação melhor do que qualquer uma, de padre, de bispo ou de
cardeal”, afirmou Boff ao Portal Setor1.
O
carnavalesco e idealizador do desfile é Leandro Vieira, que diz que a temática
do desfile era de cunho social e não visava ofender a religião.
Vieira quis apresentar um “Jesus da gente”, nascido no morro e
que assume os diversos rostos dos moradores da favela, e para tal representou-o
como uma mulher acorrentada com uma coroa de espinhos em uma das alas, como um
jovem negro crucificado em um carro alegórico e sendo golpeado pela polícia
como um ladrão.
Segundo o G1, site de notícias do grupo Globo, “Leandro
diz que não inventou nada na história. Ao contrário, para criar o enredo, além
de ler a Bíblia, ouviu padres, pastores e teólogos e fez uma vasta pesquisa
sobre o tema. Ele diz que as fantasias e alegorias têm objetivo de chamar a
atenção para crimes de ódio e intolerância.”
Leandro
Vieira não especifica quais padres, teólogos ou grupos cristãos ele ouviu em
sua pesquisa. Entretanto, a mesma matéria de 29 de janeiro veiculada pelo G1,
fala de um encontro de Leandro com Tábata Tesser, uma das líderes das
auto-proclamadas Católicas Pelo Direito de Decidir em São Paulo, que são um
grupo ligado ao feminismo que promove o Aborto e
a ideologia de Gênero, em aberta contradição à doutrina Católica.
"Grupos que pregam o
obscurantismo, o conservadorismo radical, vão ver blasfêmia no desfile. Os
verdadeiros cristãos vão perceber que o samba é um hino que poderia ser cantado
nas igrejas pelos grupos jovens", disse Tesser ao G1 e enfatizou: "A Mangueira está resgatando os valores do
humanismo e contando a história de Jesus, esse homem que pode assumir outras
formas. E que esse mundo tão intolerante precisa conhecer”, disse
Tábata.
Antes
do desfile, ao tomar conhecimento do tema e do samba enredo da Estação Primeira
de Mangueira, a Arquidiocese do Rio manifestou-se junto de outras 17 entidades
religiosas pedindo que os responsáveis evitassem o desrespeito à fé católica.
A carta é assinada por Claudine Milione Dutra, Coordenadora
Jurídica da Mitra Arquidiocesana do Rio de Janeiro.
A
missiva da arquidiocese da capital fluminense, datada em 23 de janeiro de 2020
expressava:
“Solicitamos que, pautados
nos princípios da boa fé, tolerância e respeito sejamos ouvidos em nosso
intuito de instá-los a observar atenciosamente o próximo desfile, para que este
seja realizado de modo a não ofender, chocar, agredir ou escarnecer da fé de
centenas de milhões de brasileiros e de bilhões de pessoas no mundo inteiro.
A liberdade de expressão é
um excelente instrumento para instaurar no nosso país a cultura da paz, da
justiça e do amor humano, por isso, não pode jamais se prestar a incitar o
ódio. Ainda mais em um palco com a visibilidade que oferece o Carnaval do Rio
de Janeiro.
“Diante desse contexto, gostaríamos de exortá-los a realizar uma
reflexão acerca do desfile carnavalesco a ser realizado neste ano de 2020, de
tal maneira que se respeite a fé das pessoas”.
“Pedimos um momento de reflexão para que seja evitada qualquer
ofensa ao sentimento religioso, valor tão caro à nossa sociedade”.
Afirmava a
carta enviada à Liga das Escolas de Samba do Rio.
Católicos
do Rio de Janeiro manifestaram repúdio ao desfile da Mangueira, qualificado de
“Blasfemo” pelo deputado estadual Marcio Gualberto, quem solicitou há pouco a
retirada de uma imagem que representava a Virgem Maria com
um órgão genital masculino.
“O desfile blasfemo da Mangueira foi
construído a partir de uma visão teológica marxista, já devidamente condenada
pela Igreja Católica, e que se auto-intitula
"teologia da libertação". É mais uma escravização ideológica”, afirmou
o Deputado.
Outro parlamentar que
expressou repudio ao desfile da Mangueira foi Chris Tonietto, Deputada Federal
pelo Rio de Janeiro, quem postou na sua rede social Facebook.
"Na letra e nas fantasias,
a blasfêmia banalizou-se como nunca na história do carnaval brasileiro (que já
traz na memória muitos achincalhes à fé católica). Nosso Senhor Jesus Cristo,
apresentado como um "herói das minorias" (minorias estas apresentadas
como "oprimidas pela sociedade" no desfile), é representado como
homossexual, como mulher, como um criminoso perseguido pela polícia e de
diversas outras formas desrespeitosas no malfadado desfile. O mesmo ocorre com
sua Santíssima Mãe".
O vilipêndio à fé cristã da esmagadora
maioria da população brasileira (condenado no artigo 208 do Código Penal)
precisa ter fim, e encontrar uma resposta à altura!", escreveu
a deputada.
Por
sua parte, o sacerdote da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Padre Nivaldo Junior,
deixou uma postagem em seu Facebook mostrando indignação frente ao desfile,
pedindo que sejam respeitados a fé e os valores cristãos, repudiando em
concreto a representação de um Jesus mulher.
Para os católicos inocentes úteis na mão dos TLs.
‘Ain qui linda a manguêra’ ‘Ain qui mensaji linda ela paçô’ ‘Noça, comu foi bunita’
‘Ain qui linda a manguêra’ ‘Ain qui mensaji linda ela paçô’ ‘Noça, comu foi bunita’
ORA FAÇAM-ME O
FAVOR e se convertam! De fato, infelizmente, #ElesEstãoNoMeioDeNós
...Ver mais
Por: Redação/Acidigital
0 Comentários