A vítima tem 43 anos. Ele era casado com a mãe da criança, de 40 anos, há dois anos
Foto: Denny Cesare |
A vítima é um técnico de 43 anos. Ele era casado com a mãe da criança, uma auxiliar, de 40 anos, há dois anos.
Segundo o relato dela à Polícia Civil, na noite de segunda-feira, os dois tiveram uma briga porque ele não tinha pagado algumas contas e havia feito um "gato" de energia elétrica.
O casal vivia na casa com três filhos da mulher de outros casamentos - um jovem de 15 anos, o de 11 e um de 6 anos. Quando a discussão começou, segundo a mulher, seu marido rasgou sua roupa, trancou a porta de casa para evitar que ela fugisse e escondeu a chave. Em seguida, passou a agredi-la com socos.
O homem então, segundo o relato, passou a agredir o filho de 15 anos, o estrangulando e dando socos em sua cara. A mulher tentou impedir as agressões, sem sucesso.
O menino de 11 anos, então, temendo que o homem matasse seu irmão, foi até a cozinha e pegou uma faca. Voltou ao quarto e, segundo contou à polícia, deu duas "cutucadas" com a faca em seu padrasto, para que ele soltasse o outro adolescente.
Os golpes atingiram o pescoço do homem, que conseguiu pegar a chave e sair de casa. Com um sangramento intenso, acabou caindo na calçada, onde morreu antes da chegada das equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e da Polícia Militar. Uma vizinha que é técnica de enfermagem ainda tentou socorrer o homem.
O menino disse ainda que queria apenas "riscar" a barriga de seu padrasto, e não imaginava que fosse matá-lo. Segundo o boletim de ocorrência, ele ficou em estado de choque.
A PM levou todos os envolvidos para o plantão da 2ª Delegacia da Mulher, no Jardim Londres, onde o caso foi registrado como violência doméstica e lesão corporal seguida de morte. O menino ficará com a custódia da mãe e o caso também será investigado, em sigilo, pelo Ministério Público da Infância e Juventude.
HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA
A mulher contou à polícia que conheceu seu atual marido há mais de 20 anos, e que seu relacionamento com ele foi marcado por "idas e vindas" ao longo dessas duas décadas.
Mas, segundo ela, ele sempre foi violento e já tinha agredido ela e seus filhos em outros momentos. O homem também era muito ciumento, tendo diversas vezes a acusado de trai-lo - por essa razão, ele a obrigava a acompanhá-lo em seu trabalho, e ela acabou virando sua assistente.
Por: Redação Inova News/A Cidade
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