Para 39,8% da população, Lula deixou como legado o
avanço da corrupção, aponta pesquisa exclusiva
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O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluiu o mandato, em
2010, com a popularidade nas alturas: a aprovação, na época, era de 80%, um
recorde no país. Passados dez anos e a hecatombe da Operação Lava-Jato, que descortinou como a gestão do petista
assaltou os cofres do país, o legado que o ex-presidente hoje carrega é outro:
o da corrupção.
Pesquisa do
Instituto Paraná encomendada por VEJA avaliou a
popularidade dos ex-presidentes brasileiros após eles terem ocupado o mais alto
posto da República. Condenado a 26 anos de prisão, Lula leva o carimbo do
aumento da corrupção como marca de seu governo.
Aos 2.082 entrevistados, o instituto fez uma série de perguntas
que abarca o grau de conhecimento sobre a gestão dos ex-mandatários, a
avaliação do desempenho de cada um e a importância dada às opiniões que eles
emitem. Quando questionados sobre a marca negativa de cada gestão, o aumento da
corrupção, em diferentes níveis, foi mencionado para todos os seis
ex-presidentes vivos.
Lula aparece no topo da lista. Para 39,8% da população, o
aumento da corrupção foi o que ele deixou de pior ao país. O ex-presidente
passou 580 dias preso pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, mas foi
solto após o Supremo Tribunal Federal (STF) mudar o entendimento que permitia a
prisão após a condenação em segunda instância.
Dilma Rousseff, sua sucessora, também carrega a marca. Para
30,3% dos entrevistados, a corrupção aumentou na gestão da petista. A
Lava-Jato, como se sabe, apontou que dinheiro sujo financiou sua campanha
presidencial.
Vice-presidente de Dilma, Michel
Temer também é lembrado: 25,6% dos avaliados apontam para o avanço da corrupção
em seu mandato. Em 2019, Temer foi preso, de forma preventiva, duas vezes. Ele
é investigado na Lava-Jato e a Justiça mandou prendê-lo por causa de obstrução.
Foi, no entanto, absolvido na acusação.
Na pesquisa, 16,3% também lembraram da corrupção na gestão do
ex-presidente Fernando Collor. Na sequência estão Fernando Henrique Cardoso,
com 5%, e José Sarney, com 4,6%.
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