As especulações de que Guedes seria agora
"a bola da vez" aumentaram nos últimos dias após a demissão de Sérgio
Moro do Ministério da Justiça
Coletiva do Presidente |
O presidente
da Republica, Jair Bolsonaro, acenou para o ministro Paulo Guedes na manhã
desta segunda-feira, 27, e afirmou que o economista é o único homem que decide
sobre a economia do País no governo de Bolsonaro. A declaração, feita ao lado
de Guedes, ocorreu depois de crescer no mercado financeiro e no governo rumores
sobre a permanência ou não do chefe da Economia na equipe.
As especulações de que Guedes seria
agora "a bola da vez" aumentaram nos últimos dias após a demissão de
Sérgio Moro do Ministério da Justiça.
"O homem que decide economia no
Brasil é um só, chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte, nos dá recomendações
e o que nós realmente devemos seguir", disse Bolsonaro na saída do Palácio
da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
Na manhã desta segunda-feira, o
presidente recebeu ministros para café da manhã. O encontro não estava previsto
na agenda.
Em resposta, Guedes agradeceu
diversas vezes a confiança que Bolsonaro põe em seu trabalho e no programa
apresentado para a economia. O ministro afirmou que o Brasil seguirá a mesma
política econômica, com reformas estruturantes e investimentos bilionários nas
áreas de saneamento, infraestrutura, óleo e gás e setor elétrico.
"O presidente deixou muito claro
desde o início que nós íamos preservar vidas e preservar empregos, estamos
desde o início dessa crise do coronavírus, nós estamos justamente lançando uma
camada de proteção para os mais frágeis e mais vulneráveis. Nós fizemos um
ajuste da nossa política, passamos de reformas estruturantes para medidas
emergenciais", disse Guedes.
O ministro afirmou que o Executivo e
o presidente já está olhando para o futuro e pediu para que ministros
preparassem estudos para a retomada.
Segundo ele, os documentos foram
coletados pelo ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto.
"Ele é o coordenador das ações. Ele coordena as ações e integra as ações
dos diversos ministérios", disse.
A ausência de Guedes no lançamento do
programa Pró-Brasil, coordenado pela Casa Civil, repercutiu negativamente.
Ao lado de Bolsonaro, o ministro se
mostrou confiante e disse que o País voltará para a curva de retomada da
economia que estava antes da crise causada pelo novo coronavírus.
"Queremos reafirmar justamente a todos que acreditam na política
econômica, que ela segue, é a mesma política econômica, nós vamos prosseguir
com as nossas reformas estruturantes vamos trazer bilhões em investimento em
saneamento e infraestrutura", afirmou.
Coletiva na íntegra:
Congresso
O presidente Jair Bolsonaro moderou o
tom de suas falas sobre o Congresso Nacional e afirmou que o parlamento "é
bastante sensível e simpático às casas voltadas para a economia". Nas
últimas semanas, diversas declarações de Bolsonaro, em especial a participação
em ato a favor da ditadura e do AI-5 (dia 19/4), desgastaram a relação com
parlamentares.
Durante entrevista na saída do
Palácio da Alvorada, Bolsonaro citou as reformas estruturais e medidas fiscais que
tramitam na Casa.
"Há uma preocupação muito grande
nossa de total responsabilidade com os gastos públicos. Temos algumas reformas
pela frente, que brevemente estarão sendo discutidas e votadas. Temos o
problema do coronavírus ainda, mas o Ministério da Economia continua alerta e
trabalhando para que o Brasil realmente vença este obstáculo agora e volte para
o caminho da prosperidade", disse o presidente.
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