De
acordo com o juiz, os "sacrifícios que se exigem de toda a Nação não podem
ser poupados apenas alguns, justamente os mais poderosos, que controlam,
inclusive, o orçamento da União".
Foto Divulgação (Tweet) |
Segundo
o magistrado, a "pandemia que assola toda a Humanidade é grave, sendo
descabidas, aqui, maiores considerações sobre aquilo que é público e
notório". "Que tem afetado de forma avassaladora a vida do
país".
"Além
da pandemia, e por causa dela, a crise econômica não é mais uma perspectiva. É
concreta, palpável. Milhões de trabalhadores informais, autônomos e vários
outros, em todo o país, já passam por dificuldades de ordem alimentar
inclusive. O fechamento da maioria dos segmentos do comércio, nas maiores
cidades brasileiras, tem gerado quebra e desemprego em massa. A economia
preocupa tanto ou até mais do que a própria epidemia", escreve.
De
acordo com o juiz, os "sacrifícios que se exigem de toda a Nação não podem
ser poupados apenas alguns, justamente os mais poderosos, que controlam,
inclusive, o orçamento da União".
"Nesse
contexto a manutenção de fundos partidários e eleitorais incólumes, à
disposição de partidos políticos, ainda que no interesse da cidadania (Art. 1º,
inciso II da Constituição), se afigura contrária à moralidade pública, aos
princípios da dignidade da pessoa Humana (Art. 1º, inciso III da Constituição),
dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa (Art. 1º, inciso IV da
Constituição) e, ainda, ao propósito de construção de uma sociedade solidária (Art.
3º, inciso I da Constituição)", escreve.
Por: Redação/Estadão
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