Economista
deixa pasta com gestão marcada por críticas, polêmicas nas redes sociais e
ataques a membros do Supremo Tribunal Federal
Foto Divulgação |
Abraham
Weintraub deixou o cargo de ministro da Educação. O anúncio foi feito por
ele em rede social nesta quinta-feira (18) após reunião com o presidente da
República, Jair Bolsonaro (sem partido).
"Agradeço
a todos de coração, em especial ao presidente Jair Bolsonaro, o melhor
presidente do Brasil", escreveu Weintraub em sua conta no Twitter.
Weintraub deve
ir para o Banco Mundial, em Washington (Estados Unidos) - o Brasil é o
maior acionista e, por isso, tem a prerrogativa de indicar o diretor da
área.
A trajetória
de Weintraub à frente da pasta acumulava desgastes por conta de declarações
polêmicas. No último domingo (14), ao
participar de uma manifestação em Brasília, ele voltou a atacar o STF (Supremo Tribunal Federal). Desde
então, a troca no MEC (Ministério da Educação) já era dada como certa.
A situação do
ministro já era complicada desde a divulgação
do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que
Weintraub sugeriu colocar os "vagabundos" do STF na cadeia. A fala
gerou críticas de ministros da Corte e de parlamentares.
Durante
a reunião, o próprio Weintraub lembrava que era um ministro
"ativista". Seus ataques nas redes resultaram em dezenas de processos
na Justiça. Ao ficar fora do governo o ministro perde o foro privilegiado e
esses processos serão remetidos às instâncias inferiores.
No final de
maio (28), o agora ex-ministro criticou
ainda a operação da PF (Polícia Federal) sobre o inquérito das fake news.
Ele chamou o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão, que foram
realizados em endereços ligados a apoiadores de Bolsonaro, de Noite dos Cristais brasileira, em
referência ao trágico dia do regime nazista.
O economista
Abraham Weintraub assumiu o Ministério da Educação em abril de 2019, após a
saída de Ricardo Vélez Rodriguez. Antes, ele foi secretário-executivo da Casa
Civil. O agora ex-ministro pertencia à chamada ala olavista, ou ideológica do
governo, alinhada com os pensamentos do filósofo Olavo de Carvalho.
Weintraub é
mestre em Administração na área de Finanças pela FGV (Faculdade Getulio
Vargas), MBA e graduado em economia pela USP (Universidade de São Paulo).
Por: Redação/R7
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