"E promover a revolução de uma década. Porque
essa, [de] 2010 a 2020, foi jogada na lata do lixo", disse Mandetta
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O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique
Mandetta admitiu que pode ser candidato a presidente da República daqui a dois
anos.
"Em 2022, eu vou estar em praça pública
lutando por algo em que eu acredito",
afirmou ele em entrevista ao Programa Ponto a Ponto, do canal BandNews TV.
"Se o Democratas [o DEM, partido ao qual é
filiado] acreditar na mesma coisa, eu vou. Se o Democratas achar que ele quer
outra coisa, eu vou procurar o meu caminho. Eu vou achar o caminho. Como
candidato, ou carregando o porta-estandarte do candidato em que eu acreditar.
Mas que eu vou participar ativamente das eleições, eu vou", seguiu Mandetta.
Questionado se queria dizer que
participaria como candidato a presidente, ele respondeu: "A presidente, a vice-presidente".
Em seguida, o ex-ministro lembrou que
outros cargos estarão em disputa em 2022, como o de governador, vice-governador
e senador. E descartou a possibilidade de se candidatar a deputado federal - ele
já cumpriu dois mandatos na Câmara dos Deputados. Em seguida, Mandetta passou a
falar como candidato ao criticar a polarização política no Brasil.
"Em 2022, polarização, com certeza, não. Se a
gente conseguir um grande acordo, um grande caminho pelo centro democrático - não
por esse centro fisiológico aí que está fazendo essa nova base de sustentação
[ao governo de Jair Bolsonaro]",
afirmou.
"Mas um centro bacana, que respeite as
individualidades, que eu não tenha que decidir se o cara é gay, se o cara é
hetero, se o cara é alto, se o cara é baixo. Você tem que respeitar as pessoas
nas suas questões individuais",
continuou. "E promover a revolução
de uma década. Porque essa, [de] 2010 a 2020, foi jogada na lata do lixo."
Em agosto, o ex-ministro deve lançar
um livro sobre a sua experiência como ministro da Saúde em meio à epidemia do
novo coronavírus. Ele diz que pretende colocar o livro embaixo do braço e
viajar pelo Brasil.
Em abril, Mandetta foi demitido por
Bolsonaro após destacar-se na gestão da pasta durante a pandemia.
O programa Ponto a Ponto é comandado
pelo cientista político Antonio Lavareda e pela colunista da Folha de S.Paulo
Mônica Bergamo.
Por: Inova News
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