O clube catarinense está em crise financeira e, por isso, tem encontrado dificuldades para pagar as dívidas trabalhistas.
Sede do TRT-SC |
Uma
reunião virtual entre os advogados da Chapecoense e representantes dos 28
credores trabalhistas do clube foi promovida nesta quinta-feira (2/7) pelo
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC) para tentar renegociar os
débitos, que o clube não têm conseguido pagar.
A
maior parte dos credores é formada por familiares das vítimas do acidente aéreo
de novembro de 2016, que matou jogadores, integrantes da comissão técnica e
dirigentes do time catarinense.
A Chapecoense fez uma proposta
aos credores e, depois de três horas de audiência, ficou decidido que a
resposta será dada no dia 14 deste mês, data escolhida pelo juiz Roberto
Nakajo, gestor da Execução do TRT-SC, para o próximo encontro.
Por causa do rebaixamento para a Série B do Campeonato
Brasileiro, ocorrido no ano passado, o orçamento da Chapecoense para 2020 tem
R$ 11 milhões a menos do que o de 2019, segundo revelou o presidente Paulo
Magro ao site Yahoo Esportes.
Além disso, a pandemia da
Covid-19 também afetou profundamente as finanças do clube, que fechou o
primeiro trimestre deste ano com déficit de R$ 4,3 milhões, de acordo com a
própria Chapecoense. Até o momento, a agremiação pagou cerca de 30% de seus
acordos trabalhistas, o que equivale a R$ 11 milhões.
Segundo Nakajo, a decisão de
marcar uma nova audiência virtual foi tomada porque as partes se mostraram
abertas ao diálogo. "É um caso que requer uma atenção especial da
Justiça do Trabalho. Envolve um dos principais clubes do futebol catarinense e
famílias que passaram por aquela que é considerada a maior tragédia do futebol
brasileiro. Por isso entendo que a conciliação é a melhor solução que podemos
alcançar, principalmente neste grave momento de pandemia", disse o
magistrado.
Por: Redação/Conjur
0 Comentários