O Brasil registra cerca de 3 milhões de casos da
covid-19 e quase 100 mil mortes decorrentes da doença
Com
o intuito de evitar aglomerações em meio à pandemia do novo coronavírus, o
Ministério da Defesa decidiu cancelar a realização do tradicional desfile de
Sete de Setembro, Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios, em
Brasília. O Brasil registra cerca de 3 milhões de casos da covid-19 e quase 100
mil mortes decorrentes da doença.
O ministro da Defesa, Fernando
Azevedo, determinou, por meio de uma portaria, que os comandantes da Marinha,
Exército e Força Aérea Brasileira orientem suas respectivas Forças a se
absterem de participar de quaisquer eventos comemorativos relativos ao 198º
Aniversário da Proclamação da Independência do Brasil, como desfiles, paradas,
demonstrações ou outros que possam causar concentração de pessoas.
A decisão está formalizada no Diário
Oficial da União (DOU) e, na prática, cancela o tradicional desfile de Sete de
Setembro, que reúne, além dos militares, altas autoridades, como o presidente
da República, estudantes que participam da parada, além de uma grande plateia
formada por pessoas de todo o Distrito Federal e de outros Estados.
"Tradicionalmente as Forças
Armadas estão envolvidas junto com a sociedade nos festejos relacionados à
Semana da Pátria, que marca a data de emancipação do Brasil, ocasião em que é
estimulada a ampla manifestação dos valores cívicos em todo território
nacional, por meio de atividades culturais e solenidades específicas",
comenta a portaria.
"Todavia, como é de amplo
conhecimento, o País, como considerável parte do mundo, enfrenta a pandemia do
COVID-19, não sendo recomendável pelas autoridades sanitárias a promoção de
eventos que possam gerar aglomerações de público, devido ao risco de
contaminação", acrescenta, destacando ainda que "as condições atuais
indicam que tal recomendação deva ainda vigorar durante o mês de setembro,
abrangendo, assim, o período de celebração do 198º Aniversário da Proclamação
da Independência do Brasil".
O evento já foi usado pelo presidente
Jair Bolsonaro como um teste de popularidade. No ano passado, após pesquisas mostrarem
um aumento da reprovação do governo, Bolsonaro aproveitou a data de 7 de
setembro para conclamar que as pessoas saíssem de verde e amarelo nas ruas, em
uma demonstração de apoio ao seu governo.
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