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Morre um dos grandes referenciais da História de Juazeiro do Norte

Geraldo Menezes Barbosa era um dos grandes referenciais da história do desenvolvimento do Município.
Dr. Geraldo Menezes Barbosa
Dr. Geraldo Menezes Barbosa(Foto Reprodução)

 Morreu por volta das 22h45 desta quinta-feira, aos 96 anos, Geraldo Menezes Barbosa. Cirurgião dentista, escritor e pesquisador, parte deixando um grande legado sobre a história de Juazeiro do Norte.
Internado desde a última terça-feira, dia 11/08, no Hospital da Unimed, em Juazeiro do Norte, com infecção intestinal, teve seu quadro clínico agravado nas últimas horas, conforme o boletim médico divulgado às 11 horas.
No último boletim, informado pela equipe médica, contava que o paciente apresentava um quadro de gastroenterite aguda e pneumonia bronco aspirativa, que esse quadro evoluiu com choque séptico foco pulmonar, e que devido ao agravamento das enfermidades, seria impossível a realização de hemodiálise uma vez que havia complicações renais.
 Geraldo Menezes Barbosa é um dos grandes referenciais da história do desenvolvimento do Município.
Mesmo aos 96 anos, sempre teve na lembrança os encontros que teve com Padre Cícero. Gostava sempre de contar sobre sua única conversa e o conselho que serviu para o resto de sua vida.
Segundo ele, a marcante conversa aconteceu no momento em que conheceu o "Padim" pela segunda vez. Nessa conversa, Padre Cícero perguntou-lhe se estava estudando.
"No gesto afirmativo, ele disse que eu iria ser muito feliz caso continuasse a estudar".
 Isso está registrado num dos seus seis livros, o primeiro deles "História do Padre Cícero ao Alcance de Todos".
O jornalista, odontólogo e escritor, que tinha na memória momentos relevantes da trajetória da cidade de Juazeiro do Norte, despertou a sua vontade de ser um contador de histórias da infância, nos prelos do jornal Juazeiro do Cariri, o segundo da cidade criado pelo "Padim".
Depois, a imagem que ele disse ter do sacerdote foi aos dez anos de idade, assistindo o seu sepultamento, na Rua Padre Cícero. O caixão era carregado por milhares de pessoas acima da cabeça.
"Parecia um mar de cabeças escuras e nele flutuando um barquinho azul. Era o Padre Cícero que ia ali". A imagem não foi esquecida.

Oportunidade

Foi a partir desse momento que veio a oportunidade de se aproximar mais da vida do Padre Cícero.

"Fiz minha formatura e estudei como ele pediu. Daqui acolá me lembrava dos conselhos daquela manhã. Hoje me sinto responsável para escrever e falar sobre este homem que para mim é um santo, uma figura exponencial capaz de dirigir hoje mais de 100 milhões de pessoas, estando ele falecido há mais de 70 anos", afirmou o Dr. Geraldo Menezes Barbosa em entrevista ao Jornal Diário do Nordeste quando da comemoração do centenário de Juazeiro do Norte, (matéria publicada em 20/07/2011).

Biografia:

GERALDO MENEZES BARBOSA Nascido em 06 de junho de 1924 na cidade de Crato-CE Seus pais: José Barbosa dos Santos (jornalista) e Francisca de Menezes Barbosa. 

Fez Curso Primário e Ginásio em Crato. – Curso Científico no Liceu do Ceará em Fortaleza _ Curso superior em Odontologia na UFC e Curso superior em Pedagogia pela CADES-MEC além de 26 Cursos de extensão sobre Saúde e Cirurgia bucal, Previdência Social, Assistência ao Menor, Cidadania, Relações Humanas e para a Vida, Meio Ambiente, Psicologia, Filosofia, Parapsicologia, Hipnodontia, Jornalismo, Rádio e TV, Economia, Política, Direito do Menor, Ação Social Sessenta anos de participação direta no desenvolvimento da cidade de Juazeiro do Norte. 

Foi vereador e presidente da Câmara Municipal, em 1960, quando sancionou o primeiro Código de Postura da cidade. São 60 anos de jornalismo, quando lançou o jornal Correio do Juazeiro , em 1949, criando a Associação Juazeirense de Imprensa e suas crônicas diárias no CRP. Éra jornalista registrado na Associação Cearense e Imprensa com carteira de sócio efetivo datada de 1950 e membro da Associação Cearense de Rádio e Televisão. 

Dedicou 50 anos como Diretor e professor da Escola Técnica de Comércio de Juazeiro, 30 anos como professor de Biologia da Escola Normal, Colégio Moreira de Souza e seis anos no Colégio Salesiano de Juazeiro do Norte. 

Dez anos como cronista na Rádio Iracema, 5 anos na Rádio Educadora do Cariri e 45 anos na Rádio Progresso de Juazeiro, como sócio fundador, diretor, formador de opinião pública, com uma crônica diária. Editor da Revista Memorial. 
Livros escritos sobre História do Juazeiro, Crônicas, Literatura. Maia de 50 anos como sócio do Lions. Diretor Secretário da Comissão Pró Eletrificação do Cariri (1950) Lutou pela instalação do Aeroporto Regional e abertura da Estrada Barbalha-Unha de Gato nos anos 50\60. 

Trabalhou para criação do primeiro Banco de Sangue e sua instalação no Hospital São Lucas. Foi sócio proprietário do Hospital Santo Inácio. Lutou pela instalação das agências do Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica e da Receita Federal. Fundador da Sociedade de Amparo aos Mendigos, em 1956, hoje com 40 asilados e com assistência social e hospitalar no seu grande prédio da Rua São José Diretor da Escola Técnica de Comércio durante 50 anos. 

Criou e instalou a Faculdade de Engenharia de Operação de Juazeiro, com apoio do Gov. Adauto Bezerra (1975) hoje Centro de Tecnologia da URCA. 
Criou o Aeroclube de Juazeiro, ainda funcionando, e o Teatro Escola. Professor e palestrante do 2º Batalhão de Polícia e do Tiro de Guerra. Recebeu certificado de reconhecimento expedido pelo 4º. Exército e Medalha de Ouro do Mérito Militar expedida pela Polícia Militar do Ceará e de várias instituições. 

Fundador do Lions Clube de Juazeiro em 1956, primeiro presidente e depois Governador do Distrito de Lions Internacional, empossado nos Estados Unidos e também Orador Oficial do Conselho de Governadores. 

Foi Delegado Regional do Conselho Regional de Odontologia e do Sindicato dos Odontologista do Ceará e Presidente da Comissão do Centenário de Juazeiro (2011). Membro titular da Academia Cearense de Odontologia, da Academia de Cultura de Lions Internacional, da Sociedade Brasileira dos Odontólogos Escritores e do Instituto Cultural do Vale Caririense. 

Escreveu 26 mil crônicas, lidas diariamente na Rádio Progresso de Juazeiro.

     Por: Inova News      

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