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Pesquisadores cearenses se mobilizam para enviar pele de tilápia ao Líbano


O mundo se chocou com uma explosão no Líbano na última terça-feira (4) causada pelo mau armazenamento de um fertilizante inflamável. 
Foto Reprodução
O acidente deixou mais de 137 mortos e 5.000 feridos. A tragédia sensibilizou várias pessoas ao redor do mundo, inclusive os pesquisadores do Projeto Pele de Tilápia.
Projeto Tilápia
Pesquisadores do Projeto Pele de Tilápia, da Universidade Federal do Ceará (UFC), estão realizando uma campanha para solicitar das autoridades brasileiras uma facilitação do envio de todo o estoque de 40 mil cm² de pele de tilápia, para ajudar as vítimas da explosão em Beirute, capital do país afetado pela explosão.
A pesquisa que é realizada no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), sob coordenação do Dr. Odorico de Moraes, mostra a eficácia do uso da pele da tilápia no tratamento de queimaduras de 2° e 3° graus agindo como um curativo biológico no processo de cicatrização.
 “Como é um material de pesquisa, os ministérios da Saúde dos dois países precisam conversar e autorizar o envio e o uso. A pesquisa já está bem avançada e os resultados de efetividade de efeito já são comprovados e publicados em artigos nacionais e internacionais”, afirma o biólogo pesquisador do Projeto Felipe Rocha sobre a burocracia que é enviar essa pele para fora do pais.
Foto Reprodução
Como a pele da tilápia é um produto experimental, ainda não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é necessário que haja um consenso entre autoridades dos dois países para que possa ser realizado o envio do material.
Sobre a pele da tilápia e sua alta capacidade de regeneração
A pele da tilápia foi utilizada inicialmente no tratamento de queimados. A técnica para a recuperação desses pacientes desenvolvida pela Universidade Federal do Ceará (UFC), chegou a ser mencionada em séries de TV norte-americanas como “The Good Doctor” e “Grey’s Anatomy”.
No Ceará, cirurgias de reconstrução vaginal com a membrana do peixe já foram realizadas em mulheres com síndrome de Rokitansky, agenesia vaginal ou câncer pélvico. Em 2017, pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) inauguraram o primeiro banco de pele de tilápia para uso em tratamentos médicos.
Estudos clínicos executadas em mais de 350 pacientes, revelam que a pele de tilápia tem alto potencial de regeneração, abrevia a dor do paciente, além de reduzir a troca de curativos e os custos operacionais clínicos. O uso da pele é indicado para tratamento de queimaduras de 2º e 3º graus.
Por: Inova News/Ceará Agora

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