Antes da declaração, o chefe do Executivo se reuniu com parlamentares no
Palácio da Alvorada para discutir os valores e também falar o Orçamento de 2021
Bolsonaro anunciou ainda que enviará a reforma administrativa ao Congresso na quinta-feira (3/9) - (foto: Marcos Corrêa/PR) |
O presidente Jair
Bolsonaro anunciou, na manhã desta terça-feira (1º/9), a prorrogação do auxílio
emergencial por meio de Medida Provisória. O valor das parcelas que serão pagas
até dezembro é de R$ 300. Antes da declaração, o chefe do Executivo se reuniu com
parlamentares no Palácio da Alvorada para discutir os valores e também falar o
Orçamento de 2021.
“Depois
que nós criamos, há praticamente cinco meses, o auxílio emergência de R$ 600,
ele validou-se por três meses. Por decreto, nós o prorrogamos por mais dois
meses e agora resolvemos prorrogá-lo por medida provisória até o final do
ano", disse.
"O valor,
como vínhamos dizendo, é muito para quem paga, no caso o Brasil, e podemos
dizer que não é um valor muitas vezes para todas as necessidades, mas mais
basicamente atende. Até porque o valor definido agora há pouco é um pouco
superior a 50% do valor do Bolsa Família. Nós decidimos aqui, atendendo a Economia, em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300", apontou.
O
ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou a decisão sobre o auxílio
emergencial como "excelente". Ele explicou que estender o auxílio
emergencial por quatro meses, no valor de R$ 300, mostra que "o presidente
não deixou ninguém para trás" e fez isso "dentro do que é possível
fazer com os recursos que nós temos".
Líder do
governo no Congresso, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO) também elogiou a
prorrogação do auxílio emergencial no valor de R$ 300. "O anúncio do
presidente Jair Bolsonaro dá, nos últimos seis meses, com os dois meses de R$
600, uma média de R$ 400", alegou.
Reforma administrativa
Bolsonaro anunciou ainda que enviará a reforma administrativa ao Congresso na quinta-feira (3/9).
"Que fique bem claro: não atingirá nenhum dos atuais servidores. Ela se aplicará apenas aos futuros servidores concursados", reafirmou.
Ao lado do presidente, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), ressaltou a articulação, dizendo que, além de receber os líderes para criar esse acordo em torno do auxílio emergencial e da reforma administrativa, o presidente Jair Bolsonaro ligou para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), na reunião para comunicar as decisões.
Prorrogação do auxílio emergencial
Sobre
o auxílio, na semana passada, Bolsonaro deixou claro que, na visão dele, uma
extensão após esse período é inviável. Ele classificou que "R$ 600 é muito
e R$ 200 é pouco" e também criticou quem está reclamando da redução
dizendo que o auxílio "não
é aposentadoria", mas uma ajuda emergencial.
Nas últimas
semanas, Bolsonaro tem criticado a prorrogação do pagamento do auxílio. Ao
mesmo tempo em que o programa é o que mais eleva a popularidade. No último dia
19, o chefe do Executivo justificou que o atual valor do auxílio custa aos
cofres públicos mais de R$ 50 bilhões mensais.
Por: Inova News/C.Brasilense
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