A Loja
maçônica Cavalheiros Spartanos 85, sediada em Juazeiro do Norte, fundada em 7
de setembro de 1935, comemora hoje, (07/09), dia da independência do Brasil, os
seus 85 anos de fundação.
Figura, em
seus quadros, personalidades da sociedade Juazeirense, a instituição que hoje
festeja a sua data magna, trabalha ações de forma discreta de bem servir,
mantendo o lema da maçonaria universal de TORNAR FELIZ A HUMANIDADE, PELO
APEFEIÇOAMENTO DOS COSTUMES, PELA TOLERÂNCIA, PELA IGUALDADE, PELO RESPEITO A
AUTORIDADE E A CRENÇA DE CADA UM.
O atual
corpo dirigente da Loja Maçônica Cavalheiros Spartanos número 85, é constituída
pelo Venerável Mestre, Francisco Sampaio e pelo Venerável de honra, Hildo Vasconcelos. Primeiro vigilante Adriano
Bezerra, segundo vigilante, Jucimar Leite, orador, Francisco Mourão e como
secretário, Cicero Gerciano.
A
homenageada da data de hoje é subordinada a Grande Loja Maçônica do Estado do
Ceará, que tem a frente o Grão Mestre, Narciso Dorta.
Como parte
da programação comemorativa haverá logo mais as 8h, hasteamento da bandeira com
a participação da guarda de honra do pavilhão, seguido de execução do hino
nacional.
Obedecendo às
normas do período de pandemia, instituídas pela Organização Mundial da Saúde,
apenas sete obreiros maçons, paramentados e com máscaras, participarão do
evento na sede localizada a Rua Santa Rosa, 346, centro da cidade.
Também na
data de hoje a Loja maçônica Cavalheiros Spartanos 85, lança um selo
comemorativo, que circulará a nível nacional através de parceria firmada junto
a Empresa de Correios e Telégrafos.
HISTÓRIA
Entre 1925 e 1930 chegava a Juazeiro do Norte, um jovem de olhos
firmes e feição séria, que vinha da capital da Paraíba, João Pessoa, onde
trabalhava e estudava. Veio naturalmente atendendo o chamado de seu pai que
exercia o cargo de Coletor Federal. Este jovem chamava-se José Fausto Guimarães, que trazia
em sua bagagem o segredo da
Arte Real adquirido na Loja Maçônica BRANCA DIAS da obediência do
Grande Oriente do Brasil. Cauteloso, observador e consciente da filosofia maçônica, não transpareceu a ninguém que era um Pedreiro Livre. Seu pai logo tratou de apresentá-lo à sociedade juazeirense, e numa dessas visitas o jovem José Fausto conheceu os comerciantes
Modesto Costa e Alfeu Alboim, únicos maçons residentes em Juazeiro.
Grande Oriente do Brasil. Cauteloso, observador e consciente da filosofia maçônica, não transpareceu a ninguém que era um Pedreiro Livre. Seu pai logo tratou de apresentá-lo à sociedade juazeirense, e numa dessas visitas o jovem José Fausto conheceu os comerciantes
Modesto Costa e Alfeu Alboim, únicos maçons residentes em Juazeiro.
Em pouco tempo José Fausto foi convidado pelo Padre Cícero para
ser seu secretário particular, pois na época o caldeirão político e religioso
estava fervendo em todo o País, e o Padre Cícero era consultado nas decisões
políticas do Estado e do País.
Por esta razão, mantinha um secretário com o qual dialogava constantemente,
tomando conhecimento das notícias dos jornais, ficando a par de todos os
acontecimentos.
Numa dessas conversas alongadas e informais, o Padre Cícero
sentiu nas ideias políticas, sociais e filantrópicas do seu secretário, que o
mesmo era conhecedor de uma filosofia milenar que só a maçonaria pregava.
O padre inteligentemente alongou mais a conversa e deixou claro
que não era contra a maçonaria, mas no momento fazia certas restrições, e não
gostaria que naquele momento a maçonaria fixasse ou se desenvolvesse em
Juazeiro do Norte.
José Fausto entendeu a mensagem e em seguida convidou
Modesto Costa e Alfeu Alboim, que já vinham com o ideal de fundar uma loja,
para comunicar-lhes o fato.
Desse encontro ficou acertado que a idéia ficaria adormecida e
passaram de imediato à fundação da loja na vizinha cidade do Crato, onde também
já existiam alguns maçons, entre eles o representante das máquinas Singer o Sr.
José Barbosa da Costa Filho, que participava dos trabalhos das Lojas de
Fortaleza com certa freqüência, em função do seu comércio.
As articulações foram rápidas e precisas. Poucos dias depois,
José Barbosa foi a Fortaleza e expôs ao líder maçônico José Ramos Torres de
Melo, delegado no Ceará do Grande Oriente do Brasil, o desejo dos maçons de
Juazeiro e Crato, e no final do ano de 1933, chegava ao Crato uma comitiva
capitaneada por Torres de Melo e em reunião
histórica fundaram um Triângulo Maçônico que logo depois se transformou na Loja DEUS E AMOR, sob os auspícios do Grande Oriente do Brasil.
histórica fundaram um Triângulo Maçônico que logo depois se transformou na Loja DEUS E AMOR, sob os auspícios do Grande Oriente do Brasil.
No dia 20 de julho de 1934 a cidade de Juazeiro acorda chorando
pela morte do seu fundador e líder espiritual, o Padre Cícero Romão Batista.
Naquela época seus adversários achavam que também morreria
junto, a cidade de Juazeiro com seu fanatismo religioso. E ao contrário dos
maus profetas, a cidade começou a receber romeiros, e se transformou no que é
hoje.
No ano seguinte no mês de março, Juazeiro recebe a visita do
delegado Torres de Melo, onde fez uma reunião com representantes do Crato e de
Fortaleza que o acompanhavam.
Nessa oportunidade Torres de Melo fez um comentário falando da necessidade
de se fazer no Ceará um grão-mestrado do Grande Oriente do Brasil, mas para
isto precisaria que no Ceará funcionasse 20 Lojas, e propôs a fundação de uma
loja em Juazeiro, que já contava com os maçons: José Fausto Guimarães, Modesto
Costa, Alfeu Alboim, Antonio Mariano, José Landim, Emídio Cabral, Ladislau de
Arruda Campos e Lauro Cabral, iniciados na Loja Deus e Amor, na cidade do
Crato.
O compromisso assumido com o Padre Cícero já não existia em
virtude de seu falecimento, e foi neste momento escolhido o dia 7 de setembro de 1935 a Fundação da LOJA MAÇÔNICA CAVALHEIROS SPARTANOS,
também sob os auspícios do Grande Oriente do Brasil, e com o Rito Escocês
Antigo e Aceito.
A solenidade foi dirigida pelo delegado Ir:. Torres de Melo, que
na mesma noite fez várias iniciações, e esclarecendo aos maçons presentes, que
mesmo com a fundação da Cavalheiros Spartanos não era possível instalar o
grão-mestrado no Ceará, pois o número de lojas ainda não era suficientes.
O problema foi levantado e fundou mais duas Lojas nesta mesma
reunião, uma em Crato e outra em Juazeiro. No Crato fundaram a Loja Renascença
do Cariri e em Juazeiro a Loja Evolução Nordestina que decorrido um mês, ou
seja, no dia 8 de outubro de 1935 nasciam para aumentar a família maçônica caririense
e cearense com a criação do grão-mestrado.
Por: Inova News/ Jucimar Leite
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