A operação visa cumprir 16 mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão em Fortaleza e em Caucaia.
Foto:MPCE |
O Ministério Público do Estado do Ceará,
por meio do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou na manhã
desta sexta-feira (16/10) a segunda fase da Operação Gênesis.
A primeira fase da operação, ocorreu no
mês de setembro (16/09), cujo objetivo é desarticular a ação de integrantes de
uma organização criminosa formada, em sua maioria, por agentes e ex-agentes da
Segurança Pública do Estado do Ceará.
Os alvos são suspeitos de diversos
crimes, incessantemente planejados e consumados, como extorsão,
tráfico de drogas, comércio ilegal de arma de fogo, organização criminosa,
entre outros.
A operação conta com o apoio da
Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa
Social; do Departamento Técnico Operacional (DTO) da Polícia Civil; da
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário (CGD); da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e do
Comando da Polícia Militar.
A operação visa cumprir 16 mandados de
prisão e 16 mandados de busca e apreensão em Fortaleza e em Caucaia. Os
documentos foram expedidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas.
Entre os alvos estão três policiais militares e três policiais civis
da ativa, nove suspeitos de tráfico de drogas e um ex-policial militar.
Investigação
A investigação teve início no final do
ano de 2016, com o objetivo de desvendar as ações delituosas de grupos ligados
a organizações criminosas, responsáveis pelo tráfico de drogas e armas,
assaltos e homicídios na capital cearense e região metropolitana.
Na primeira fase da Operação Gênesis, os
agentes públicos de segurança que integravam a organização criminosa
investigada agiam no exercício de suas funções e se utilizavam do aparato
estatal para cometer ilícitos.
Durante a investigação, no primeiro
semestre de 2017, entre os meses de abril e agosto, foi possível identificar
outras condutas delituosas envolvendo agentes da segurança pública com
traficantes, que se estruturaram de forma organizada para realizar vários
crimes e foram objeto dessa segunda fase da operação.
A organização criminosa desarticulada
nesta segunda fase da operação agia com modus operandi idêntico
ao grupo denunciado na primeira fase, formada eminentemente por policiais
e seus informantes, que se articulavam com o intuito de extorquir e espoliar as
vítimas, que, na maioria das situações, eram selecionadas porque já
delinquiam.
As funções dos membros da referida
estrutura eram bem delineadas, sendo a célula policial especializada em agir
com o apoio dos demais criminosos, objetivando, na maioria das vezes, a
extorsão e a revenda de materiais apreendidos, inclusive drogas e armas, numa
espécie de consórcio do crime, com destaque para o volume de dinheiro
movimentado, estimado em mais de R$ 2 milhões em apenas sete meses.
Por Inova News/MPCE
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