Por 6 votos a 4, desembargadores e deputados decidiram que Carlos Moisés (PSL) ficará afastado por 180 dias. Vice Daniela Reinehr assume o cargo
Daniela Reinehr e Carlos Moisés da Silva, agora afastado do cargo |
Um dos pedidos impeachment contra o Governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL) e de sua vice, Daniela Reinehr (sem partido), foi julgado nesta sexta-feira (23).
Por 6
votos a 4, o Tribunal Especial de Julgamento aceitou a denúncia contra Carlos
Moisés por crime de responsabilidade. O processo contra a vice-governadora
terminou em 5 a 5 e coube ao presidente do Tribunal de Justiça de Santa
Catarina, Ricardo Roesler, desempatar a votação.
O
desembargador rejeitou o afastamento da vice, e Daniela Reinehr assume o cargo
de governadora do Estado interinamente.
Moisés
fica afastado do cargo por até 180 dias, a partir de terça-feira (27), para o
julgamento final do impeachment.
Neste
processo, ambos são acusados de conceder aumento aos procuradores do Estado por
meio de um procedimento administrativo sigiloso e ilegal, sem autorização
legislativa.
Moisés e
Daniela também são alvos de um processo de impeachment pela compra
de respiradores no início da pandemia de covid-19, que
ainda está em tramitação.
Há um
mês, a Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) aprovou o processo de
impeachment do "caso dos procuradores". O deputado Kennedy Nunes
(PSD) foi sorteado como o relator da ação.
O novo
julgamento ocorrerá em outra sessão do mesmo tribunal misto e será a decisão
final sobre o impeachment de Carlos Moisés.
Segundo
pedido de impeachment
A comissão especial
encarregada de analisar o segundo pedido de impeachment em tramitação na Assembleia
Legislativa de Santa Catarina aprovou no dia 13 de outubro o prosseguimento da
ação contra o governador Carlos Moisés da Silva e a
retirada dos autos da vice-governadora Daniela Reinehr.
O pedido em questão foi
apresentado no início de agosto por um grupo de 16 pessoas, entre advogados,
desembargador aposentado, profissionais liberais e empresários, e refere-se à
compra de 200 respiradores da empresa Veigamed, com pagamento antecipado de R$
33 milhões, e a possíveis irregularidades envolvendo a contratação de um
hospital de campanha em Itajaí, no valor de R$ 100 milhões.
Por: Inova News/R7
0 Comentários