A sentença acolheu tese do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da Promotoria de Justiça de Ipueiras.
Próximo de completar três anos, o
crime brutal que resultou na morte de uma mãe e seus três filhos no município
de Ipueiras teve desfecho nesta terça-feira (24/11), com a condenação de
Francisco Clovis Camelo, ex-companheiro da vítima e padrasto das
crianças, a 112 anos de reclusão.
Conforme o documento,
Francisco Clovis, conhecido como Chico do Zé Maria, 53 anos, não aceitava
o fim do relacionamento com a ex-mulher, então com 30 anos, e demonstrava
ciúmes por ela, o que culminou no assassinato a pauladas da vítima e de seus
três filhos em 4 de dezembro de 2017. Logo depois do crime, o homem ainda ateou
fogo na casa onde a ex-companheira morava.
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Diante disso, Chico do Zé Maria foi
condenado a 112 anos, quatro meses e 12 dias de reclusão, além de 213
dias-multa.
A condenação final refere-se a 31
anos pela morte da mãe; a 24 anos pela morte de cada criança; quatro anos e
oito meses de reclusão e 16 dias-multa pelo incêndio; a dois anos de reclusão e
dez dias-multa por descumprir o Estatuto do Desarmamento (porte ilegal de arma
de fogo); e a dois anos e dois meses de reclusão e 150 dias-multa pela
destruição dos cadáveres.
Ainda conforme a sentença, para
garantia da ordem pública, deve ser aplicada prisão cautelar em razão da
gravidade do delito, cometido com “extrema gravidade e crueldade”.
A decisão classifica os crimes como
hediondos, triplamente qualificados e praticados com “o emprego de pauladas
contra as vítimas, indicando violência extrema e periculosidade do condenado
que, não satisfeito, ateou fogo contra os cadáveres”.
O réu, vale frisar, teve indeferida
requisição sobre sua sanidade mental. Pela decisão judicial, o crime revela
“alta periculosidade do autor, uma vez que o homicídio fora premeditado e
cometido com algo grau de agressividade, frieza e covardia”.
Por: Inova News/MPCE
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