INOVA

6/recent/ticker-posts

Mourão diz que Pazuello pode deixar ativa do Exército para atenuar 'provável punição' após ato com Bolsonaro

Segundo Mourão, o ex-ministro da Saúde já teria entrado em contato com a cúpula do Exército. Na conversa, Pazuello teria admitido o erro.

 

Foto: ANDRE BORGES / AFP


O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou na manhã desta segunda-feira que o ex-ministro Eduardo Pazuello ja admitiu aos comandantes do Exército que errou ao participar de um ato político com o presidente Jair Bolsonaro. Segundo Mourão, para minimizar a possibilidade de uma punição, como previsto no regulamento disciplinar do Exército, o general poderá deixar a ativa das Forças Armadas.

As regras internas do Exército proíbem a participação de oficiais da ativa em qualquer manifestação de cunho político, como foi o caso do evento que Bolsonaro realizou com motociclistas no Rio de Janeiro no último domingo. Questionado sobre a possibilidade de punição de Pazuello, Mourão respondeu que acredita ser provável algum tipo de ação por parte dos comandantes do Exército.

A cúpula do Exército reagiu mal à ida do general da ativa Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, ao ato político em companhia do presidente Jair Bolsonaro neste domingo, no Rio. A avaliação de militares graduados, segundo relatos colhidos pelo GLOBO, é a de que Pazuello deve ser pressionado a ir para a reserva após o episódio. Uma fonte ouvida considera que a semana poderá ser "decisiva" para o destino do militar.

Segundo Mourão, o ex-ministro da Saúde já teria entrado em contato com a cúpula do Exército. Na conversa, Pazuello teria admitido o erro.

— O episódio será conduzido à luz do regulamento e isso tem sido muito claor em todos os pronunciamentos dos comandantes militares e do próprio ministro da Defesa. Eu já sei que o Pazuello já entrou em contato com o comandante informando, colocando a cabeça dele no cutelo e entendendo que ele cometeu um erro — disse Mourão.

A pressão para que Pazuello deixe a ativa do Exército existia desde que o general ainda ocupava o Ministério da Saúde. Para os generais, a participação de um oficial da ativa no governo poderiam prejudicar a visão das Forças Armadas como instituições de estado, e não de um governo específico.

Além disso, a atuação de Pazuello no combate à pandemia da Covid-19 também preocupava os militares. Além do general, outros oficiais foram convocados ao Ministério da Saúde para trabalharem como auxiliares de Pazuello.

 

Por: Inova News/Extra

Postar um comentário

0 Comentários