Em todo o país, 29 centros de pesquisa participam dos testes
JAKUB PORZYCKI/NURPHOTO/REUTERS
Os
testes clínicos de um medicamento contra a covid-19 começaram a ser feitos no
Brasil. A pesquisa desenvolvida pela Pfizer utiliza a molécula PF-07321332, um
antiviral da classe dos inibidores de protease. Segundo a farmacêutica, o
remédio, administrado via oral, já mostrou potencial para ser utilizado contra
o novo coronavírus.
Fazem parte dos estudos clínicos de Fase 2 e 3, 29 centros de pesquisa. Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo têm instituições que farão os testes. Para participar do estudo é necessário ter mais de 18 anos.
A
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é uma das
que realiza os testes. Segundo a instituição, o tratamento é feito com duas
doses diárias do composto PF-07321332 associado ao ritonavir por cinco dias
seguidos. O ritonavir é usado para aumentar o nível da droga ativa. O
acompanhamento terá duração de 24 semanas, com três visitas presenciais no
primeiro mês e as demais consultas feitas por telefone.
Etapas
A
molécula que está sendo estudada foi aprovada na Fase 1, que testa segurança e
tolerabilidade em humanos. Considerando os resultados já obtidos, incluindo a
fase pré-clínica, com testes in vitro,
a Pfizer desenvolve agora três estudos pivotais, randomizados, duplo-cego e
controlados por placebo.
Os
testes envolvem, portanto, três tipos de pacientes: não vacinados ou vacinados
com suspeita e/ou diagnóstico de covid-19 e com baixo risco de desenvolver
doença grave; estudo em pacientes não vacinados com suspeita e/ou diagnóstico
de covid-19 e com alto risco de desenvolver doença grave; e estudo em pessoas
não vacinadas cujos contatos domiciliares estão com covid-19.
Para
serem realizados no Brasil, os estudos são previamente aprovados pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa (Conep), além dos Comitês de Ética dos centros de pesquisa
participantes.
Por: Inova News/Ag, Brasil
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