O processo de classificação à competição ainda deve ser alvo de reuniões entre as confederações
Infantino entrega a taça ao capitão do Chelsea, Azpilicueta. Edição do 2021 do Mundial deve ser a última no atual formato Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP |
Ser
campeão do Mundial de Clubes — título que o Palmeiras deixou escapar para o
Chelsea, sábado, na prorrogação — será uma tarefa ainda mais complicada a
partir de agora, caso os planos da Fifa se concretizem. A entidade tem aprovado
desde 2019 um novo formato para a competição: quadrienal, 24 clubes e uma fase
de grupos, mas sua implementação ainda é rodeada de incertezas.
Naquele ano, a entidade, já presidida
por Gianni Infantino, buscava um formato mais atraente para o torneio, que
envolvesse de fato vários clubes ao redor do mundo. Ventilou-se a hipótese de
32 participantes, mas a ideia final para o piloto da competição, aprovada pelo
conselho executivo, foi a de 24 clubes envolvidos.
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Nesse novo formato, as equipes serão
divididas em oito grupos de três participantes, com os vencedores de cada um
avançando às quartas de final. Ou seja, além dos confrontos dos grupos,
sul-americanos e europeus, que entram direto nas semifinais no formato atual,
precisariam fazer um jogo eliminatório a mais.
O processo de classificação à
competição ainda deve ser alvo de reuniões entre as confederações, mas a
agência de notícias “Associated Press” teve acesso ao relatório inicial, em
2019.
Participariam oito europeus: os
quatro últimos campeões da Champions League e da Liga Europa, as duas
principais competições do continente. Haveria a possibilidade de a Uefa vetar
múltiplas participações de equipes do mesmo país. Os vice-campeões também
poderiam garantir vagas, caso os clubes vencedores desses torneios se repitam
ao longo dos quatro anos.
Na América do Sul, os vencedores das
últimas duas edições da Libertadores e da Sul-Americana garantiriam quatro das
seis vagas, ainda sem definição quanto às restantes. O esquema completo,
incluindo os demais continentes, teria:
·
América do Sul: 6 vagas, quatro para os campeões das duas últimas edições de
Libertadores e Sul-Americana. Duas indefinidas.
·
Europa: 8 vagas, todas para os campeões das últimas quatro edições de
Champions League e Liga Europa. Uefa pode vetar times do mesmo país e
vice-campeões podem ganhar vagas caso campeões se repitam.
·
Ásia: 3
vagas, duas para os últimos campões da Champions da AFC e a terceira para o
vencedor de um mata-mata entre os dois vice-campeões.
·
África: 3 vagas, duas para os finalistas da Champions da CAF e uma para o
vencedor de confronto entre os semifinalistas eliminados.
·
Américas do Norte e Central: 3 vagas, duas para os finalistas da Champions da Concacaf e uma
ainda indefinida.
·
Oceania: uma vaga disputada entre o campeão continental e uma equipe do
país anfitrião.
Vale lembrar que esse relatório é de antes de uma mudança geral de planos da Fifa, dada a pandemia da Covid-19. A ideia inicial eraa de que o torneio estreasse no ano passado, ocupando a vaga no calendário internacional da extinta Copa das Confederações. A sede seria a China.
Em comunicado divulgado em março de
2020, quando a pandemia foi declarada, Infantino prometeu decidir a data de
implementação do torneio “quando a situação estivesse mais clara”. Algumas
opções, segundo ele, seriam adiar para o fim de 2021, 2022 ou 2023, já
contradizendo a ideia de ocupar a vaga da Copa das Confederações.
— Ainda temos que trabalhar no
processo de encontrar datas, e esse não é um desafio fácil. — afirmou Infantino
antes da final da edição 2020 do Mundial, em fevereiro do ano passado.
O Mundial é parte de seus planos
ousados. Um das principais vitórias do mandato do italiano foi conseguir
alterar o número de participantes da Copa do Mundo de 32 para 48. Agora, quer
mudar a periodicidade de quatro anos para dois.
Por: Inova News/Extra
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