Morreu na manhã deste domingo (3/7), no Rio de Janeiro, o diplomata Sérgio Paulo Rouanet, aos 88 anos.
Sergio Paulo Rouanet, intelectual de
vasta carreira que criou a lei que levou seu sobrenome durante sua passagem
pelo governo de Fernando Collor de Melo como secretário da Cultura, morreu
neste domingo aos 88 anos.
A informação foi
confirmada pelo Instituto Rouanet, fundado em 20 de agosto de 2020, por ele e a
mulher, Barbara Freitage. De acordo com a instituição, ele foi vítima do avanço
da síndrome de Parkinson’s.
"É com muito pesar
e muita tristeza que informamos o falecimento do Embaixador e intelectual
Sergio Paulo Rouanet, hoje pela manhã do dia 3 de julho. Rouanet batalhava
contra o Parkinson’s, mas se dedicou até o final da vida à defesa da cultura,
da liberdade de expressão, da razão, e dos direitos humanos. O Instituto
carregará e ampliará seu grande legado para futuras gerações",
escreveu o perfil oficial.
O carioca foi diplomata de carreira
desde os anos 1950, tendo sido embaixador na Dinamarca, cônsul-geral em
Zurique, na Suíça, e ocupado postos na Organização das Nações Unidas, na
Organização dos Estados Americanos e chefias de departamento no Itamaraty, em
Brasília, antes de integrar o governo federal.
Em 1991, o professor foi
convidado por Collor para ocupar a Secretaria Nacional de Cultura, que tinha
status de ministério à época, cargo no qual ficou até o ano seguinte. Depois,
retomou atividades em embaixadas na Alemanha e República Tcheca.
Formado em ciências jurídicas e
sociais, o professor e ensaísta realizou doutorado em ciência política e deu
aulas no Instituto Rio Branco. Ele também ocupava, há 30 anos, a cadeira de
número 13 da Academia Brasileira de Letras.
A passagem breve do intelectual pelo
governo foi marcada por uma das mudanças mais significativas no cenário
cultural brasileiro, a criação da Lei Rouanet, que nasceu do Programa Nacional
de Apoio à Cultura e serviu de estímulo financeiro para a realização de
projetos artísticos.
Por: Inova News
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