A Operação Mandrake apura contratação de empresa pelo Município e pela Câmara dos Vereadores para prestar serviços de marketing e propaganda.
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio
do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e da 5ª Promotoria de Justiça
de Iguatu, deflagrou, na manhã desta quarta-feira (13/07), as Operações
Mandrake e Liteiras.
A investigação apura a existência de supostos crimes
contra a administração pública, como peculato, fraude em licitações e lavagem
de dinheiro, em contratos firmados pelo Município de Iguatu e pela Câmara dos
Vereadores com empresas prestadoras de serviço.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra
agentes políticos, empresários, gestores e ex-gestores públicos em Iguatu,
Pedra Branca, Jardim e Fortaleza. Os mandados foram cumpridos com o auxílio do
Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil.
As diligências realizadas durante a investigação apontam
para a existência de fraude em licitações e direcionamento para a referida
empresa, que teria sido criada especificamente para receber recursos advindos
da contratação irregular. Da mesma forma, há fortes indícios de que os serviços
não teriam sido prestados, embora os pagamentos tenham sido integralmente
realizados, gerando, portanto, possível prejuízo aos cofres públicos e
enriquecimento ilícito dos envolvidos.
Por sua vez, na Operação Liteiras, o MP investiga supostos
crimes no âmbito de contratos do Município com empresa de locação de veículos.
No decorrer da apuração, foram identificadas suspeitas de direcionamento da
licitação para favorecer determinada empresa e de fraude na execução dos
serviços, uma vez que parte dos veículos locados não ficavam à disposição do
Município, culminando em pagamentos indevidos pela gestão pública e lucro
ilícito da empresa contratada e dos seus proprietários.
Ao fim das operações, foram apreendidos computadores,
telefones celulares e documentos, além de cerca de R$ 52 mil em espécie,
encontrados na residência de um dos ex-gestores investigados. Ao todo, os
contratos investigados somam mais de R$ 15 milhões em recursos públicos.
O próximo passo é identificar todos os gestores e
empresários envolvidos na suposta fraude e eventualmente beneficiados com as
irregularidades.
Civil.
Por: Inova News/MPCE
0 Comentários