Atriz estava internada em um hospital da Zona Sul. Humorista passou por pelo menos três cirurgias no coração, enfraquecido por causa da radioterapia para tratar um câncer no tórax.
A atriz e humorista Claudia Jimenez morreu no início
da manhã deste sábado, 20, no Rio de
Janeiro, aos 63 anos de idade. Ela estava internada no Hospital Samaritano, em
Botafogo, zona sul da capital fluminense.
A causa da morte ainda
não foi divulgada. Segundo a unidade de saúde, a família da atriz não autorizou
a divulgação de outros detalhes.
Jimenez — que ficou
conhecida por diversos trabalhos na teledramaturgia brasileira, como as
personagens Dona Cacilda, da “Escolinha do Professor Raimundo”, e Edileuza, do
programa “Sai de Baixo” — teria passado por três cirurgias no coração, que já
estaria fragilizado em função de um câncer de tórax.
O velório será neste
sábado, das 12h às 16h30, no Salão Celestial do Memorial do Carmo, no Caju.
Câncer e operações no
coração
Em 1986, Claudia foi ao
médico para curar uma tosse persistente e descobriu que tinha câncer, um tumor
maligno no mediastino, atrás do coração. Chegou a ser desenganada.
As sessões de
radioterapia, porém, lhe causaram outro problema de saúde. Os médicos acreditam
que o tratamento pode ter
afetado os tecidos do coração, o que a obrigou a fazer pelo menos três
cirurgias nos anos seguintes.
A primeira foi em 1999,
para botar cinco pontes de safena; a segunda, em 2012, para a substituição
da válvula aórtica por uma outra, sintética; e a terceira, em 2014, para
botar um marca-passo.
Trajetória
Sua estreia no teatro
profissional foi em 1978, na peça “Opera do Malandro”, de Chico Buarque, em que
viveu a prostituta Mimi Bibelô.
Foi o diretor Mauricio
Sherman que a levou para a TV Globo. Nos anos 1980, Claudia participou da
abertura do programa “Viva o Gordo”, de Jô Soares, e deu vida à insaciável Pureza, mulher de
Apolo, do bordão “Ainda morro disso!”, em “Chico City”. “A Pureza só
pensava em transar”, lembrou Claudia, em entrevista à “Folha de S.Paulo”.
A partir de 1990, Claudia
Jimenez viveu a desbocada e saliente Dona Cacilda, uma das alunas da
“Escolinha do Professor Raimundo”, com o “professor” Chico Anysio. Com Cacilda,
emplacou outro bordão: “Beijinho,
beijinho, pau, pau”.
Cacilda, lembrou Claudia em
2014, ela guarda no coração. “Não era nem propriamente pelo personagem, mas
pelo que eu vivi ali dentro. Foram seis
anos de gargalhadas”, destacou. Esse papel lhe rendeu o Troféu APCA de
melhor atriz comediante em 1991.
Em 1996, Claudia deu vida
a mais uma personagem icônica: a doméstica Edileuza, de “Sai de Baixo”.
Seus embates com Caco Antibes, de Miguel Falabella, fizeram a plateia
gargalhar. Foi apenas uma temporada, mas até hoje seus bordões são lembrados.
Claudia também fez
novelas. Foi a Bina de “Torre de Babel” (1998), a Dagmar de “As Filhas da Mãe”
(2001), a Consuelo de “América” (2005), a Custódia de “Sete Pecados”
(2007), a Violante de “Negócio da China” (2008), a Zélia de “Além do Horizonte”
(2013) e a Lucrécia de “Haja Coração” (2016).
No cinema, atuou em
“Gabriela, Cravo e Canela” (1983), “Ópera do Malandro” (1986) e Os Trapalhões
no Auto da Compadecida (1987). Também dublou a Ellie de “A Era do Gelo”. Com a Bia de “O Corpo” (1991), ganhou como
melhor atriz no Festival de Brasília.
Por: Inova News
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