A Polícia Federal, descobriu o e-mail, após a quebra de sigilo telemático dos membros da facção criminosa
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O termo
“Lula Livre” era utilizado por petistas na época em que o atual chefe do
Executivo estava encarcerado na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Foi
Moro, então juiz federal, quem o condenou à prisão. A sentença é resultado das
investigações da Operação Lava Jato.
A juíza
Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, relata que integrantes da
facção criminosa receberam informações de terceiros para a abertura de contas,
cadastro de linhas telefônicas e registro de veículos.
A troca de
número telefônico é comum entre os criminosos. Quando essa prática ocorre em
períodos inferiores aos 15 dias previstos por lei, passa a ser
chamada de “circuito fechado”. O objetivo da alteração do número
telefônico é despistar investigações policiais.
Janeferson
Aparecido Mariano Gomes (Nefo), o principal organizador do plano que previa o
assassinato de autoridades, trocou de número pelo menos nove vezes no período
da investigação.
A quebra de
sigilo telemático dos integrantes da facção criminosa deu início à operação da
Polícia Federal (PF). A corporação prendeu nove bandidos.
Cooperação de testemunha
A PF conseguiu ter acesso às mensagens e às agendas telefônicas
depois de uma testemunha protegida procurar o Ministério Público Federal (MPF) e revelar os planos do PCC. Essas
informações levaram à instauração de um inquérito policial, que teria o
objetivo de aprofundar a investigação.
Trocas de e-mail, mensagens de WhatsApp e telefonemas confirmaram
a intenção dos criminosos de atacar o ex-juiz. Um núcleo específico do PCC,
chamado Restrita, seria o responsável pela operação.
Uma das imagens divulgadas pela PF mostra Janeferson Aparecido
Mariano Gomes, o Nefo, pedindo que Aline de Lima Paixão salve alguns códigos no
celular dela. “Para não esquecer”, justificou o criminoso. “Flamengo” é o
código para “sequestro”, “Fluminense” é o código para “ação”, “Tokyo” é o
código para “Moro” e “México” é o código para “Mato Grosso do Sul”.
Outra imagem obtida pela PF mostra os integrantes da quadrilha. Trata-se de um print screen enviado por Nefo a Aline Paixão.
A investigação detalhou as despesas dos bandidos
com material, viagens, veículos, combustíveis e aluguéis. Esses gastos
ocorreram especificamente no Estado do Paraná — onde vive o ex-juiz da Lava
Jato. Os criminosos alugaram apartamentos, casas e chácaras próximos à
residência e ao escritório de advocacia da família de Moro. O dinheiro para
financiar o atentado é do tráfico de drogas, de acordo com a investigação.
Por: Inova News/Oeste
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