Gladson Cameli (PP) teve passaporte apreendido e não poderá se comunicar com outros suspeitos; STJ determinou o bloqueio de R$ 120 milhões em bens dos investigados
A Polícia Federal realiza na
manhã desta quinta-feira (9) a 3ª fase da operação Ptolomeu contra corrupção e
lavagem de dinheiro envolvendo agentes públicos do estado do Acre.
O governador Gladson Cameli
(PP-AC) é um dos alvos e teve contra si uma ordem para entrega do passaporte e
sequestro de bens expedida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
No total, a pedido da PF, foi
autorizado o sequestro de R$ 120 milhões em bens dos investigados.
No caso de Cameli, são alvos da
medida um carro blindado avaliado em R$ 200 mil, uma aeronave modelo Beech
Aircraft de R$ 1,5 milhão e três imóveis -sendo um apartamento de R$ 6,5
milhões em São Paulo, uma casa de R$ 7 milhões em Rio Branco (AC) e um imóvel
em Brasília avaliado em R$ 600 mil.
Além do governador, são investigados
seu pai, a ex-esposa, dois primos, dois tios e dois irmãos.
Outra medida autorizada foi o
afastamento de 34 agentes públicos e a suspensão da atividade de 15 empresas.
O governador, por meio de seus
advogados, diz que já prestou "devidos esclarecimentos, colocou-se à
disposição das autoridades e assim permanece."
A ação tem apoio da
Controladoria-Geral da União e da Receita Federal e cumpre 89 mandados de busca
e apreensão no Acre, Piauí, Goiás, Paraná, Amazonas e Rondônia e Distrito
Federal.
Segundo a PF, as investigações
indicam a existência de uma "organização criminosa, controlada por agentes
políticos e empresários ligados ao Poder Executivo estadual acreano, que
atuavam no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação
da origem e destino dos valores subtraídos, através da lavagem de
capitais."
Na 1ª fase da operação, em
dezembro de 2021, o governador foi alvo de busca e apreensão e o STJ determinou
o afastamento da coordenadora do seu gabinete, do secretário de Indústria,
Ciência e Tecnologia e de outros dois servidores.
À época, segundo a PF, a
investigação mirava um esquema de corrupção integrado pelos agentes públicos em
conluio com empresários que aparelhou a estrutura do governo para desviar
dinheiro público.
Por: Inova News/Folhapress
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