Evento ocorrerá em Brasília no fim do mês e reunirá representantes de partidos que defendem ditaduras na América Latina
Membros
do Foro de São Paulo estipularam uma quantia em dólar para
a inscrição do próximo evento, marcado para Brasília. A capital federal vai
receber o encontro de esquerda durante os dias 29 e 30 de junho e 1º e 2 de
julho.
Mesmo
tendo como pauta do grupo a luta contra o “imperialismo estadunidense”, a taxa
de participação do evento vai ser cobrada em dólar. Os valores serão de US$ 50
para pessoas físicas e US$ 250 para partidos políticos.
A
escolha do Brasil como sede se deve à eleição de um dos líderes do movimento, o
petista Luiz Inácio
Lula da Silva.
Foto Reprodução |
O encontro contará com workshops e palestras de
representantes da Frente Sandinista de Libertação Nacional, da Nicarágua de
Daniel Ortega; do Partido Socialista Unido da Venezuela, de Nicolás
Maduro; e o Partido Comunista Cubano. Além do PT, outros partidos de esquerda
do Brasil também receberam convites para participar: PDT, PCB e PSB –destes
apenas PT e PCdoB são filiados ao Foro.
Criado
em 1990 por Lula e Fidel Castro (1926-2016) na capital paulista, o Foro de São
Paulo é uma organização política da América Latina.
NOTA DO
PCDB
A assessoria do PSTU divulgou nota negando
que o partido tenha recebido convite para o evento. Também disse que não iria
mesmo se recebesse.
Leia a íntegra da nota assinada pelo
presidente do PSTU, Zé Maria, abaixo:
“Na matéria “Foro de São Paulo em Brasília
ganha data e Lula é convidado”, publicada ontem (7/6), o jornalista Vinícius
Nunes afirma que além do PT, outros partidos de esquerda do Brasil devem
participar e cita o PSTU.
“Por meio desta nota, o PSTU informa que nunca
participou do Foro de São Paulo. Não participaremos da reunião do Foro de São
Paulo marcada para Brasília. Não recebemos nenhum convite oficial e mesmo se
recebêssemos não iríamos. Pois não integramos tal espaço político, nele reúnem
partidos que defendem um projeto de colaboração com a burguesia e países ricos,
que realizam governos no marco da ordem capitalista, como o PT e, inclusive,
também ditadores como Maduro e Ortega. Somos oposição de esquerda, de classe e
socialista a todos os governos dirigidos pelos partidos que lá estarão.
“O PSTU defende outro projeto internacional,
independente da burguesia, e socialista, e não um social-liberalismo ou uma
impossível humanização do capitalismo.
“A integração latino-americana necessária, a
qual defendemos, exige enfrentar as multinacionais, a entrega das nossas
riquezas, a exploração e devastação ambiental.
“José Maria de Almeida
“Presidente
Nacional do PSTU.”
A união
de líderes da ideologia de esquerda na América Latina é justificada formalmente
pela necessidade de construir a “integração dos países latino-americanos”.
Proteger a natureza, os povos e a soberania, além de “combater os efeitos do
neoliberalismo na região” são outros pontos alardeados oficialmente pelo grupo.
Facções
criminosas também integram a organização, como as Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o Movimento de Esquerda Revolucionária do
Chile (MIR).
Por: Inova News
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