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Governo tem rombo de R$ 60,98 bi, o 2º pior da série histórica

No acumulado do ano, o deficit já soma R$ 29,99 bilhões, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional

 

Contas do governo. Foto: Pixabay.

 

O governo teve deficit primário –que desconsidera as despesas com juros– de R$ 60,98 bilhões em maio de 2024. Esse é o pior saldo negativo para o mês desde 2020, na pandemia. Também é o 2º maior deficit primário da série histórica.

 

O Tesouro Nacional divulgou o resultado nesta 4ª feira (26.jun.2024). Eis a íntegra da apresentação (PDF – 809 kB) e do relatório (PDF – 863 kB).

O resultado primário é formado pelo saldo entre as receitas com tributos e as despesas públicas. Não considera o pagamento de juros da dívida.

 

 


No acumulado de janeiro a maio, o governo teve um deficit de R$ 29,99 bilhões. No mesmo período do ano passado, foi registrado um superavit de R$ 1,83 bilhões.


O resultado negativo foi puxado especialmente pelo desempenho da Previdência Social. A divisão se deu desta forma:

  • Tesouro Nacional – deficit de R$ 84 milhões;
  • Banco Central – superavit de R$ 129 milhões;
  • Previdência Social – deficit de R$ 61,03 bilhões. 

O resultado primário para maio equivale a 6,3% do PIB (Produto Interno Bruto). No acumulado do ano, é de 0,6% do PIB.

 

RECEITAS E DESPESAS

 

A receita líquida total do governo e a variação real anual se deu desta forma:

  • em maio – R$ 164,49 bilhões (alta de 9,00%);
  • acumulado do ano – R$ 890,44 bilhões (alta de 9,00%).

Já as despesas totais cresceram em um patamar maior:

  • em maio – R$ 225,48 bilhões (alta de 14,00%);
  • acumulado do ano – R$ 920,44 bilhões (alta de 13,00%).

 

Metas futuras indefinidas

 

O secretário do Tesouro afirmou que o governo ainda está estudando a composição de receitas e despesas para o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, a ser proposto em abril, não sendo possível dizer neste momento qual será a meta fiscal do próximo ano.




Ao propor o novo arcabouço fiscal no ano passado, o governo anunciou que trabalharia por um déficit primário zero em 2024, seguido de superávits de 0,5% do PIB em 2025 e 1,0% do PIB em 2026.

De acordo com Ceron, atingir ou não esses resultados de 0,5% ou 1% do PIB de superávit à frente é uma “discussão relativa”, desde que as contas estejam em processo de recuperação.




Na entrevista, ele afirmou ainda que o governo deve enviar ao Congresso nesta semana a medida provisória anunciada em fevereiro para criar mecanismos de proteção cambial a investimentos sustentáveis. Sem dar detalhes, ele disse que também será editada uma MP com iniciativas de crédito.

      Por: Inova News      

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