Eurípedes Júnior é acusado de liderar um esquema de desvio de fundos eleitorais e partidários do Pros.
Eurípedes Júnior /Foto Reprodução |
O presidente do Solidariedade, Eurípedes Júnior, entrou na lista vermelha da Interpol. A
inclusão foi solicitada pela Polícia Federal e ocorreu na
quinta-feira 13. Ele é acusado de liderar um esquema de desvio de fundos
eleitorais e partidários do Pros.
O político, que iniciou sua trajetória
como vereador em Planaltina de Goiás, em 2008, não foi encontrado durante
buscas em seus endereços nem do partido. A Justiça Eleitoral do Distrito
Federal emitiu um mandado de prisão contra ele. Durante a operação, os
advogados de Eurípedes e outras quatro pessoas foram presos.
Político não foi encontrado durante as buscas no Brasil | Foto: Reprodução/Redes sociais |
A suspeita
é que Eurípedes tenha fugido do Brasil. Além das prisões, a PF cumpriu 45
mandados de busca e apreensão, sequestrou 32 imóveis e bens materiais e
bloqueou R$ 36 milhões dos investigados. A sigla Pros, da qual Eurípedes é um
dos fundadores, existe desde 2013 e apoiou candidaturas petistas em 2014, 2018
e 2022, mas votou com os governos Temer e Bolsonaro.
Em 2019, foi revelado que o Pros usou
candidaturas laranjas nas eleições de 2018. Em meio às acusações de corrupção,
Marcus Vinicius Holanda assumiu a direção do partido temporariamente, até que
Eurípedes retornasse ao comando.
Eleito vereador pela primeira vez em Planaltina de Goiás (GO) nas eleições de 2008, Eurípedes fundou o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) anos depois, em 2013. O partido se uniu ao Solidariedade em 2023. A atual legenda alega que os fatos ocorreram antes da fusão.
HISTÓRICO DE DENÚNCIAS
O esquema é denunciado pelo jornal Correio Braziliense desde
2017. A publicação destaca que Eurípedes comprou um helicóptero com recursos
públicos para se deslocar de Planaltina de Goiás ao Lago Sul.
Ainda na quinta-feira, a Justiça
determinou a apreensão do helicóptero, modelo R-66, prefixo PP-CHF, adquirido
por R$ 2,8 milhões e atualmente avaliado em R$ 5 milhões.
Além disso, uma gráfica teria recebido
verbas públicas destinadas ao partido, e as residências de Eurípedes e
familiares foram visitadas. A sede do Pros, no Lago Sul, virou palco de disputa
entre dois grupos durante a crise no partido.
Por: Inova
News
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