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Nova ministra dos Direitos Humanos de Lula responde por superfaturar R$ 6,5 mi em uniformes escolares

Macaé Evaristo também é mencionada em outros processos durante o período em que foi secretária de Educação de Minas Gerais, entre 2015 e 2018

 

Macaé Evaristo (PT) é a nova ministra dos Direitos Humanos | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Macaé Evaristo (PT), recentemente nomeada como ministra dos Direitos Humanos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, está envolvida em um processo na Justiça de Minas Gerais por superfaturamento na compra de uniformes escolares.

A denúncia, feita pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), remonta a 2011, quando Evaristo era secretária de Educação de Belo Horizonte.



O caso envolve a compra de cerca de 190 mil kits de uniformes escolares, em que a empresa vencedora, Diana Paolucci S/A Indústria e Comércio, estava proibida de participar de licitações públicas. Além disso, o MP-MG apontou que os uniformes foram comprados por preços acima dos registrados em outras cotações de órgãos públicos.

A diferença nos valores somou cerca de R$ 6,5 milhões, corrigidos pela inflação até julho de 2024. A defesa de Macaé Evaristo argumenta que não houve dolo ou enriquecimento ilícito, e que as variações de preço não configuram necessariamente ato de improbidade administrativa, já que dependem de diversos fatores de mercado.

Na época, durante a gestão do ex-prefeito Márcio Lacerda, Evaristo foi acusada de autorizar a compra de uniformes por valores superiores aos praticados em outras licitações.

A empresa que venceu o contrato, Diana Paolucci S/A, estava impedida de participar de licitações públicas, e a aquisição teria gerado um prejuízo de R$ 6,5 milhões aos cofres públicos, após a correção pela inflação.




Além disso, Macaé Evaristo também é mencionada em outros processos durante o período em que foi secretária de Educação de Minas Gerais, entre 2015 e 2018, no governo de Fernando Pimentel (PT). Em um desses casos, foi feito um acordo com o Ministério Público de Minas Gerais para encerrar o processo, e Evaristo afirmou que sempre colaborou com a Justiça e manteve seu compromisso com a transparência na administração pública.

Em sua defesa, os advogados de Macaé Evaristo argumentaram que a licitação realizada pela Secretaria de Educação seguiu todos os trâmites legais e que a empresa vencedora apresentou o menor preço.

Eles sustentam que não há provas de enriquecimento ilícito por parte da então secretária e pedem que o caso seja considerado prescrito, dado o tempo decorrido desde a denúncia, apresentada em 2016. Vale ressaltar que, em decisão tomada em 2022, a Justiça negou o bloqueio das contas de Evaristo e de outros réus envolvidos no caso.




Essa nomeação gerou repercussão, especialmente pelo fato de Macaé substituir Silvio Almeida, que deixou o cargo após denúncias de assédio sexual. A ministra declarou estar consciente de seu compromisso com a transparência e a correta gestão dos recursos públicos, e afirmou que continuará colaborando com a Justiça para esclarecer todas as acusações que enfrenta.

      Por: Inova News      

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