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TSE cassa mandatos de prefeito e vice de Pacujá por compra de votos e abuso de poder econômico

A decisão prevê a realização de eleições indiretas para a escolha dos novos gestores que governarão o município até 31 de dezembro deste ano

Raimundo Filho - Foto Reprodução

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, em sessão realizada nesta quinta-feira (12), cassar os mandatários do prefeito de Pacujá, Raimundo Filho, e do vice-prefeito, José Silva de Abreu, por abuso de poder econômico e compra de votos durante as Eleições Municipais de 2020.

A decisão prevê a realização de eleições indiretas para a escolha dos novos gestores que governarão o município até 31 de dezembro deste ano.



A Corte determinou que a escolha do novo prefeito e vice-prefeito de Pacujá será feita pela Câmara Municipal, obedecendo aos procedimentos legais previstos para eleições indiretas. Além da cassação dos mandatos, o TSE confirmou a decisão anterior do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), que havia determinado a cassação dos diplomas dos políticos, a inelegibilidade por oito anos e a aplicação de ambos

Operação Mensalinho e Investigações

A advertência do prefeito e do vice-prefeito está relacionada às investigações da "Operação Mensalinho", conduzida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que revelou um esquema de compra de votos durante a campanha eleitoral. Entre as irregularidades apontadas, estão a oferta de benefícios em troca de votos, como a compra de passagens aéreas, a entrega de materiais de construção, o depósito de quantias em dinheiro e a distribuição de dinheiro em espécies a juros.

Além do prefeito e do vice-prefeito, a decisão também afetou diretamente os vereadores de Pacujá: Francisco Antônio de Oliveira Júnior, Lincélica Maria Ribeiro, Washington Luís Alcântara e Braz Rodrigues Alves, que também foram cassados ​​e tiveram seus mandatos invalidados peloTRE-CE.



Outros envolvidos e avaliações adicionais

A decisão do TSE incluiu, ainda, uma sanção de inelegibilidade por abuso de poder econômico para outros envolvidos no caso, como Raimundo Rodrigues de Sousa, Luciray Jefferson Rodrigues de Sousa, Thallyta Miranda de Abreu, Elisangela Nirlane Freire Aguiar e Francisco Ilderlan Aureliano Pereira. Todos foram considerados participantes no esquema de captação ilícita de sufrágio e outros atos ilegais durante o período eleitoral.

Além disso, o Tribunal manteve a decisão do TRE-CE para o recálculo dos quocientes eleitorais e partidários dos vereadores cassados, o que poderá alterar a composição da Câmara Municipal de Pacujá.



Eleições indiretas: Próximos passos

As eleições indiretas serão organizadas pela Câmara Municipal de Pacujá, que tem um prazo para definir o novo prefeito e vice-prefeito, obedecendo ao rito estabelecido pela Justiça Eleitoral. Este processo ocorre quando os eleitos diretamente são impedidos de continuar no exercício de seus mandatos devido a decisões judiciais, como é o caso em Pacujá.

De acordo com a legislação eleitoral brasileira, cabe ao TSE, como instância máxima da Justiça Eleitoral, garantir que o pleito ocorra de maneira justa e transparente, respeitando os princípios da democracia.

      Por: Inova News       

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