Zarko pertence
ao chamado “Clã dos Balcãs”, máfia sérvia, e tem ligações diretas com o PCC
Zarko Pilipovic . (Foto: Reprodução/PF) |
Na última
sexta-feira, (18), Zarko Pilipovic, um dos principais agentes do crime
organizado internacional, foi libertado após a emissão de um alvará pela 6ª
Vara Federal de Santos (SP). A decisão judicial, publicada às 21h25, aconteceu
após o encerramento do expediente das forças de segurança, o que causou
surpresa entre as autoridades envolvidas no caso.
O Ministério
Público Federal (MPF) já entrou com recurso contra a soltura, mas até o momento
a peça não foi comprovada pela Justiça.
Pilipovic, de
nacionalidade sérvia, é investigado por integrar uma rede de tráfico
internacional de drogas, com operações que envolvem a exportação de cocaína
para a Europa, especialmente através do Porto de Santos. Capturado na Bolívia
em abril deste ano, ele foi extraditado para o Brasil após ser localizado em
San Rafael de Velasco, região conhecida como um dos pontos estratégicos para o
armazenamento e transporte aéreo de drogas na América do Sul.
Com ligações
diretas com o Primeiro Comando da Capital (PCC), Pilipovic é apontado pelas
autoridades como um dos maiores traficantes da região dos Balcãs. Ele utilizou
identidades falsas para evitar a captura, sendo procurado por diversas agências
internacionais, incluindo a Interpol, que emitiu um alerta vermelho para sua
prisão. Apesar de sua captura e extradição, a recente decisão de soltura
preocupa as autoridades, que continuam monitorando o caso enquanto aguardam a
análise do recurso do MPF.
O caso de Zarko
Pilipovic reflete a complexidade do combate ao crime organizado, que
frequentemente envolve múltiplas jurisdições e cooperação internacional. A sua
libertação reacende o debate sobre a eficácia das operações de combate ao
tráfico e a capacidade das autoridades judiciais em manter figuras chave do
crime atrás das grades.
Por: Inova News
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