O Ex-presidente peruano foi condenado por ter recebido subornos da construtora brasileira Odebrecht durante seu mandato, entre 2001 e 2006.
O ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo, foi condenado nesta
segunda-feira (21 de outubro de 2024) a 20 anos e seis meses de prisão por
crimes de conluio agravado e lavagem de dinheiro, no âmbito do caso Odebrecht.
A sentença foi proferida pelo Segundo Juizado
Colegiado da Corte Superior Nacional de Justiça Penal Especializada, presidida
pela juíza Zaida Pérez.
Toledo foi
acusado de ter recebido cerca de 35 milhões de dólares em propinas em troca de
favorecimento à Odebrecht na concessão do projeto da rodovia Interoceânica, uma
obra de grande porte que conecta o Peru ao Brasil. A investigação revelou que
os pagamentos foram intermediados pelo empresário Josef Maiman, já falecido,
que agiu como uma espécie de testa de ferro no esquema de corrupção. As
propinas foram usadas para financiar a vida de luxo de Toledo e sua família,
além de investimentos em imóveis nos Estados Unidos.
A defesa de
Toledo sustentou sua inocência até o último momento, com o ex-presidente
declarando que não cometeu os crimes pelos quais foi acusado e pedindo que
fosse autorizado a cumprir pena em sua casa, devido à sua idade avançada (78
anos) e saúde fragilizada.
No entanto,
o tribunal rejeitou essas alegações, baseando-se em depoimentos, como o do
ex-diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, que confirmou o pagamento dos
subornos.
Essa
reportagem marca mais um capítulo no extenso escândalo de corrupção relacionado
à Lava Jato, que envolveu políticos de alta escalada em diversos países da
América Latina, principalmente no Brasil.
Alejandro
Toledo, que governou com a bandeira da luta contra a corrupção, agora se junta
a outros ex-presidentes peruanos condenados ou investigados por escândalos de
corrupção.
Por: Inova
News
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