Esse é o pior resultado desde 2020; em igual período do ano
passado, esse saldo era negativo em R$ 94,3 bilhões
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O governo
brasileiro apresentou um déficit primário acumulado de R$ 105,2 bilhões nas
contas públicas entre janeiro e setembro de 2024. O montante representa um
aumento de 11,6% em comparação ao mesmo período de 2023, quando o déficit foi
de R$ 94,3 bilhões. Este resultado foi fortemente influenciado pela alta de
despesas obrigatórias e pelo crescimento mais modesto das receitas
administradas pelo Tesouro Nacional e Banco Central.
Em setembro, as
contas do governo também registraram um déficit de R$ 5,3 bilhões, um contraste
em relação ao superávit observado no mesmo mês do ano anterior, conforme dados
divulgados pelo Tesouro Nacional. A Previdência Social foi uma das principais
fontes de pressão sobre as contas públicas, registrando um déficit expressivo,
enquanto o Tesouro e o Banco Central conseguiram gerar superávits parciais que
ajudaram a atenuar o impacto fiscal geral.
O governo federal
tem como meta alcançar um déficit fiscal zero até o fim de 2024, mas a escalada
do déficit nos primeiros nove meses do ano coloca desafios significativos para
essa meta.
O crescimento das
despesas, em parte, reflete aumentos em benefícios previdenciários, sentenças
judiciais e precatórios, além de gastos com a valorização do salário mínimo e
outras despesas obrigatórias. Essas despesas cresceram em torno de 1% em
setembro, impulsionadas por obrigações financeiras como o pagamento de
precatórios e benefícios previdenciários, cuja demanda segue em alta devido ao
envelhecimento da população e ao aumento do número de beneficiários.
O arcabouço
fiscal, criado para equilibrar as contas públicas e estabilizar a dívida,
projeta uma melhora gradual com previsão de superávit até 2028. Contudo, para
2024, o cenário permanece desafiador, com o governo buscando medidas de ajuste
fiscal e uma maior arrecadação para fechar as contas de forma equilibrada e
cumprir a meta estipulada para o próximo ano.
Para mais
informações sobre a situação fiscal brasileira e os relatórios oficiais, visite
o site do Ministério da
Fazenda.
Por: Inova News
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