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Articulação de Camilo Santana para indicação de Onélia Santana ao TCE gera polêmica no Ceará

Onélia Santana, casada com Camilo Santana (PT), vai ser indicada como conselheira vitalícia do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE)

 

Foto Reprodução

O ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), articula a indicação de sua esposa, Onélia Santana, ao cargo vitalício de conselheira no Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE). A nomeação, que depende de aprovação na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), gerou críticas tanto da oposição quanto de entidades que monitoram a transparência pública.

Perfil da Candidata

Onélia Santana, de 42 anos, é secretária de Proteção Social do Ceará e possui formação em Letras, além de MBA em Administração Pública e doutorado em Ciências da Saúde. Se confirmado, ela se juntará a outras quatro mulheres de ministros do governo Lula indicadas para tribunais de contas estaduais, incluindo a recente nomeação de Aline Peixoto, esposa de Rui Costa, para o TCM-BA.

Críticas e Implicações

A oposição critica a indicação como um exemplo de patrimonialismo, com o deputado estadual Sargento Reginauro (União Brasil) chamando Santana de "imperador" e questionando a independência de Onélia para julgar contas públicas de prefeitos e gestores aliados a Camilo e ao governador Elmano de Freitas (PT). Além disso, a ONG Transparência Internacional também falou sobre nepotismo e falta de critérios técnicos na escolha.

Comparativo com Outros Governadores

A prática de indicar parentes próximos aos tribunais de contas não é inédita. Além de Onélia Santana e Aline Peixoto, outros exemplos incluem Marília Góes (esposa de Waldez Góes, TCE-AP), Renata Calheiros (esposa de Renan Filho, TCE-AL) e Rejane Dias (esposa de Wellington Dias, TCE-PI). Essas nomes refletem uma tendência de politização dos órgãos de fiscalização financeira, gerando debates sobre ética e governança.

Desafios à Independência do TCE

O Tribunal de Contas do Ceará é responsável por fiscalizar e julgar a gestão financeira dos órgãos públicos. A indicação de Onélia levanta dúvidas sobre sua imparcialidade, dado o histórico de proximidade com figuras políticas que frequentemente têm suas contas verificadas pelo tribunal.

Essa controvérsia reflete a necessidade de maior debate sobre o equilíbrio entre nomeações políticas e a preservação da independência de instituições essenciais à democracia. A decisão final cabe a Acele, mas os desdobramentos já colocam em evidência a pressão por transparência e critérios técnicos nas nomeações públicas.

      Por: Inova News      

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