Polícia Federal prende Walter Braga Netto em investigação sobre tentativa de golpe de Estado

Segundo o relatório da Polícia Federal, Braga Netto tentou obter informações sobre o acordo de colaboração do tenente-coronel Mauro Cid. 

Imagem Fernando Frazão/ag. Brasil

Neste sábado (14/12), a Polícia Federal (PF) prendeu o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022. A prisão ocorreu em sua residência no Rio de Janeiro, como parte das investigações sobre uma suposta trama golpista que visava impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin.

Detalhes da Operação

A ação faz parte do inquérito que aponta o suposto envolvimento de Braga Netto em um esquema de desinformação, planejamento e coordenação de ações golpistas. A PF detalha que o general participou ativamente de núcleos estratégicos responsáveis por ataques ao sistema eleitoral e incitação de militares a aderirem ao plano. Entre as acusações estão reuniões para a organização de operações clandestinas, incluindo a apresentação do plano chamado "Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato de Lula, Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Posicionamento de Braga Netto

Em sua defesa, o general nega as acusações. Ele declarou que nunca se tratou de golpe, “muito menos de plano de assassinar alguém”.

Até o momento, Braga Netto argumentou que suas ações eram motivadas por lealdade institucional. Advogados do general devem recorrer da prisão, alegando ausência de provas conclusivas para sua detenção.

Desdobramentos

O caso integra um esforço mais amplo da PF para investigar e responsabilizar 37 indivíduos, incluindo Jair Bolsonaro, por conspiração para a subversão da ordem democrática. A Procuradoria-Geral da República (PGR) está avaliando as provas e decidirá em 2025 se formalizará denúncias contra os acusados. A operação evidencia a ampliação do cerco contra altos ex-integrantes do governo Bolsonaro e suas redes de apoio.

A situação segue em desenvolvimento, com possíveis novas ações da Justiça nos próximos meses.

      Por: Inova News      

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