A premiação é histórica por ser a primeira do Brasil numa
categoria de atuação
Fernanda Torres levou prêmio inédito (Foto: Reprodução)
Fernanda Torres, uma das mais
talentosas e versáteis atrizes brasileiras, foi consagrada na noite deste
domingo (5) ao receber o Globo de Ouro de Melhor Atriz pelo seu emocionante desempenho no filme “Ainda
Estou Aqui”. A produção, que tem conquistado público e crítica, é uma
adaptação do aclamado livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva.
Uma atuação impecável
No longa metragem Fernanda dá
vida a Irene, uma mulher que enfrenta os desafios do envelhecimento, as
complexidades de uma família em transformação e a busca por ressignificar o
amor após a perda. A atriz foi amplamente elogiada por sua atuação visceral e
cheia de nuances, demonstrando um equilíbrio impressionante entre força
emocional e sensibilidade.
Durante seu discurso de premiação,
visivelmente emocionada, Fernanda destacou a importância de contar histórias
brasileiras em palcos globais. “Esse prêmio é um reconhecimento não só ao
meu trabalho, mas ao esforço coletivo de trazer uma narrativa que toca no
íntimo das nossas vidas. Obrigada à minha família, à equipe da série, e ao
Brasil, que sempre me inspira”, disse.
Fernanda Torres agradeceu a
sua precursora: "Quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Vocês não têm
ideia… Ela estava aqui há anos. Isso é uma prova de que a arte pode permanecer
na vida das pessoas, mesmo em momentos difíceis, como os que Eunice Paiva
viveu." A alusão é à personagem que Torres representa, a mãe de
Marcelo Rubens Paiva, autor do romance em que o longa-metragem se baseia.
Representatividade
e impacto internacional
Ainda Estou Aqui é uma produção que transcendeu as fronteiras
do Brasil. O longa, exibido em uma plataforma global de streaming, teve grande
repercussão internacional ao abordar temas universais como a perda, a
maternidade e a resiliência humana, enquanto mantinha suas raízes brasileiras.
A vitória de Fernanda Torres
no Globo de Ouro é um marco significativo para a representação brasileira em
premiações internacionais. Além disso, reforça a relevância do Brasil como um
celeiro de talentos, tanto na atuação quanto na produção de histórias originais
e impactantes.
Repercussão e
futuro
Nas redes sociais, a
premiação de Fernanda gerou uma onda de celebrações. Artistas, fãs e críticos
destacaram não só a qualidade de sua atuação, mas também o impacto cultural da
obra. “Fernanda é a prova de que o talento brasileiro não tem fronteiras”, afirmou
o ator Wagner Moura em uma publicação no Instagram.
O longa-metragem tem ainda
boas chances de concorrer ao Oscar, cuja lista será anunciada em 17 de janeiro.
No filme, Walter Salles narra a saga da mãe do escritor do romance original em
busca de justiça, depois que o marido, o deputado federal Rubens Paiva, foi
preso em 20 de janeiro de 1971, no Rio de Janeiro. Torturado e executado pela
ditadura militar, seu corpo nunca foi localizado. Eunice Paiva morreu aos 86
anos, em 13 de dezembro de 2018, vítima de Alzheimer.
Por: Inova News
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