Maria Luiza Viotti representará o Brasil na posse de Donald Trump como presidente dos EUA

A ausência Lula está ligada à tradição norte-americana de convidar chefes das missões diplomáticas dos países em Washington, e não líderes estrangeiros.

 

Foto: Reprodução/EBC e Shealah Craighead/Official White House Photo.

A embaixadora do Brasil nos Estados Unidos, Maria Luiza Viotti, foi escolhida pelo governo brasileiro para representar o país na cerimônia de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que ocorrerá nos próximos dias. A informação foi divulgada na segunda-feira (13 de janeiro de 2025), juntamente com o convite formal endereçado à diplomata para comparecer ao evento.

Essa decisão mantém a tradição brasileira de não enviar chefes de Estado para a posse presidencial nos EUA, reforçando a prática diplomática imposta pelo Itamaraty ao longo das décadas. Nenhum presidente brasileiro esteve presente em um grupo norte-americano, uma vez que o evento é considerado mais um ato interno do que uma cerimônia internacional.

Apesar disso, a relação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e Donald Trump chamou a atenção para um detalhe curioso: Bolsonaro foi convidado pessoalmente por Trump para a cerimônia. O convite reforçou a proximidade ideológica e pessoal entre os dois líderes, que durante seus mandatos manifestaram publicamente admiração mútua e alinharam suas políticas em diversos benefícios, como em questões de comércio, segurança e meio ambiente.

Maria Luiza Viotti, uma diplomata experiente que já atuou em cargos de destaque na Organização das Nações Unidas e em diversas missões pelo mundo, terá a responsabilidade de representar o Brasil durante o evento. Sua presença é vista como um gesto de continuidade nas relações diplomáticas entre Brasília e Washington, em um momento de mudanças significativas na política norte-americana.

Histórico e expectativas diplomáticas

A volta de Trump à Casa Branca ocorre após um mandato de Joe Biden, que priorizou questões climáticas e de direitos humanos, temas sensíveis para a agenda internacional do Brasil. Analistas apontam que o segundo mandato de Trump pode trazer novos desafios e oportunidades para as relações bilaterais, especialmente nas áreas de comércio e cooperação em segurança.

A participação de Bolsonaro como convidado pessoal, embora fora da posição oficial, tem gerado repercussões na política internacional brasileira. Críticos questionaram o simbolismo do gesto, enquanto aliados interpretaram como um sinal de prestígio e reconhecimento à influência do ex-presidente.

A cerimônia promete ser acompanhada de perto tanto pela imprensa internacional quanto pela comunidade diplomática, marcando mais um capítulo nas complexas relações entre os dois países.

      Por: Inova News      

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