Em 2023, dos 60 candidatos que obtiveram nota máxima, quatro eram de escolas públicas
Foto: Luís Fortes/MEC |
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 registrou
apenas 12 redações com a pontuação máxima de 1.000, marcando uma queda
significativa em relação ao ano anterior, quando 60 candidatos alcançaram essa
conquista. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (13/1) pelo ministro
da Educação, Camilo Santana.
Dentre os 12 candidatos que atingiram a nota máxima, apenas um
estudante de escola pública. O aluno, cujo nome não foi revelado, é mineiro,
destacando-se em um contexto em que as desigualdades educacionais no Brasil
continuam a ser um desafio. Em 2023, dos 60 candidatos com nota máxima, quatro
eram de escolas públicas, o que evidenciava a redução da representatividade
deste grupo.
Apesar do número reduzido de notas máximas, houve uma melhoria
na média geral da redação. Em 2024, a média subiu para 660, enquanto em 2023
foi de 645. Segundo especialistas, este aumento pode indicar uma evolução no
desempenho médio dos participantes, embora os critérios de avaliação mais
rigorosos possam ter contribuído para a ultrapassagem no número de notas
máximas.
O ministro Camilo Santana reforçou o compromisso do Ministério
da Educação em reduzir a disparidade entre escolas públicas e privadas. “Esse
resultado nos alerta para a necessidade de políticas públicas mais eficazes,
que garantam igualdade de oportunidades para todos os estudantes”, afirmou.
A redação do Enem é conhecida por exigir dos participantes uma
combinação de habilidades como argumentação, escrita formal e domínio das
normas da língua portuguesa. Este ano, o tema abordado na redação foi mantido
em sigilo, mas tradicionalmente trata de questões sociais ou culturais
relevantes.
Enquanto o Brasil celebra os 12 candidatos que atingiram a
nota máxima, o desempenho geral do Enem segue como um indicador importante das
condições do sistema educacional e das desigualdades que ainda precisam ser
enfrentadas.
Por: Inova News
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