Gastos do governo Lula com diárias e passagens atingem R$ 3,58 bilhões em 2024, o maior valor desde 2014.

Apesar do aumento em relação a 2023, o valor de R$ 3,58 bilhões ainda está abaixo do recorde de 2014

 

Foto: Reprodução/Twitter/Janja

Os gastos da União com diárias e passagens somaram R$ 3,58 bilhões em 2024, durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O valor representa um aumento real de 2,9% em relação a 2023, quando as despesas foram de R$ 3,48 bilhões, já corrigidas pela inflação.

Este é o maior valor registrado desde 2014, durante o governo Dilma Rousseff (PT), quando os gastos atingiram R$ 4,34 bilhões. O crescimento nas despesas com diárias e passagens reflete um aumento nas viagens e deslocamentos de servidores públicos e autoridades, um movimento que se intensificou com a retomada plena das atividades presenciais após a pandemia de COVID-19.

Altos gastos e retomada de atividades presenciais

Desde 2022, a União tem registrado uma tendência de aumento nas despesas com viagens. Em 2023, os gastos com diárias e passagens somaram R$ 3,3 bilhões, representando um crescimento de 29,2% em relação a 2022, quando foram registrados R$ 2,6 bilhões. A retomada das atividades presenciais, após as restrições sanitárias impostas pela pandemia, tem sido um dos fatores apontados para esse crescimento.

Sem cargo público

A primeira-dama Janja da Silva anunciou na 2ª feira (3.fev.2025) pelo Instagram que viajará a Roma. Ela irá com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, para participar da instalação do conselho internacional da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, a convite do Fida (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola) da ONU (Organização das Nações Unidas).

Nos anos mais críticos da pandemia, os gastos foram significativamente reduzidos: em 2020, a União gastou R$ 1,2 bilhão com diárias e passagens, e em 2021, R$ 1,3 bilhão. Com a flexibilização das restrições e o retorno de eventos, reuniões e missões oficiais, as despesas voltaram a crescer.

Impacto no orçamento e justificativas do governo

Parte dessa alta se explica pela decisão do petista em aumentar o número de ministérios de 23 para 38 ao assumir o 3º mandato presidencial, em 2023. Por consequência, são mais viagens e hospedagens relacionadas a ministros e auxiliares.

O governo federal argumenta que parte desses gastos está relacionada ao fortalecimento da gestão pública e à necessidade de deslocamentos para fiscalizações, projetos estratégicos e participação em eventos internacionais. Ministérios e órgãos federais justificam as despesas alegando a necessidade de visitas técnicas, vistorias de obras e ações de fiscalização em todo o país.

Por outro lado, especialistas em finanças públicas alertam para a importância do controle dessas despesas, especialmente diante do desafio fiscal enfrentado pelo governo.

Comparação histórica e perspectivas

Apesar do aumento em relação a 2023, o valor de R$ 3,58 bilhões ainda está abaixo do recorde de 2014, quando os gastos com diários e passagens atingiram R$ 4,34 bilhões. No entanto, a tendência de alta levanta questionamentos sobre a necessidade de contenção dessas despesas em meio ao cenário econômico atual.

Com a continuidade das viagens e deslocamentos de autoridades e servidores públicos, a expectativa é de que os gastos continuem elevados em 2025. O desafio do governo será equilibrar a necessidade de deslocamentos com a responsabilidade fiscal, garantindo que os recursos sejam utilizados de forma eficiente e transparente.

      Por: Inova News      

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