Milei proíbe cirurgias de redesignação sexual para menores e retira Argentina da OMS

O governo justifica a medida alegando a necessidade de proteger os jovens de decisões irreversíveis

Foto: Reprodução

Na última quarta-feira (5), o governo da Argentina, sob a liderança do presidente Javier Milei, anunciou mudanças significativas na Lei de Identidade de Gênero, proibindo que menores de idade realizem cirurgias de redesignação sexual e tratamentos hormonais. A decisão cumpre uma das promessas de campanha do mandatário e foi divulgada no mesmo dia em que o país oficializou sua saída da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mudança na legislação

A alteração na Lei de Identidade de Gênero impede que crianças e adolescentes tenham acesso a procedimentos médicos de transição de gênero até atingirem a maioridade. Antes da modificação, menores podiam realizar esses tratamentos com autorização judicial e o consentimento dos responsáveis legais.

O governo justifica a medida alegando a necessidade de proteger os jovens de decisões irreversíveis. Setores conservadores comemoraram a mudança, considerando-a um avanço na defesa dos direitos das crianças, enquanto ativistas e organizações LGBTQIA+ condenaram a decisão, apontando que isso pode gerar um impacto negativo na saúde mental e no bem-estar dos jovens trans.

Saída da Argentina da OMS

No mesmo dia, a administração de Milei confirmou a retirada da Argentina da Organização Mundial da Saúde (OMS), alegando divergências ideológicas e a intenção de buscar maior autonomia em políticas sanitárias. A decisão tem potencial para impactar a relação do país com organismos internacionais e pode afetar financiamentos e programas de saúde pública.

A medida gerou reações mistas dentro e fora do país. Enquanto aliados do governo aplaudiram a decisão como um passo em direção à soberania nacional, especialistas em saúde pública alertaram para possíveis consequências na prevenção e combate a doenças, especialmente em meio à recuperação pós-pandemia.

Repercussão internacional

As mudanças na Lei de Identidade de Gênero e a saída da OMS colocam a Argentina no centro de um debate global sobre direitos humanos e políticas de saúde. Organizações internacionais já se manifestaram contra as medidas, enquanto Milei reafirma sua postura liberal-conservadora e de confronto com instituições globais.

O impacto dessas decisões ainda será sentido nos próximos meses, à medida que o governo avança com sua agenda de reformas e enfrenta desafios políticos e sociais.

      Por: Inova News      

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