O sócio administrador do estabelecimento foi preso e foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão contra outros investigados.
O Ministério Público do Ceará, por meio do Grupo de Atuação
Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), deflagrou, na manhã
desta quinta-feira (06/02), a Operação
“Fim de Festa”, com o apoio do Departamento Técnico Operacional da Polícia
Civil (DTO/PCCE) e da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de
Administração Penitenciária (COINT/SAP), além da cooperação de unidade da 3ª
Companhia do 6º Batalhão Policial Militar (3ª CIA/6º BPM).
O trabalho integrado resultou na interdição de uma casa de
shows localizada no bairro da Serrinha, em Fortaleza, e vinculada a facção
criminosa de origem carioca. Durante a ação, o sócio administrador do
estabelecimento foi preso e foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão
contra outros investigados. As medidas foram autorizadas pela Vara de Delitos
de Organizações Criminosas do Estado do Ceará.
Segundo o MP, o estabelecimento alvo da operação, é
responsável pela promoção de eventos festivos com apologia ao crime organizado
e funcionaria como reduto destinado ao fortalecimento dos interesses da facção
criminosa, principalmente do núcleo subordinado a uma das principais lideranças
de uma facção criminosa de origem carioca, preso preventivamente em 2023. De
acordo com a apuração, a casa estava sob gestão de familiares e pessoas ligadas
ao detento e serviria tanto para reuniões de faccionados e/ou cooptação de
novos membros, quanto para encobrir o cometimento de outras infrações penais,
como tráfico de drogas, corrupção de menores (adolescentes) e porte de armas de
fogo. Há registros, inclusive, de brigas generalizadas, com pessoas gravemente
feridas, ocorridas em algumas das festas realizadas no local.
Conforme a investigação, a facção criminosa também se
utilizaria da pessoa jurídica como mecanismo para “lavagem” do dinheiro obtido
em atividades ilícitas, havendo sinalização de que, a partir de contas
bancárias de pessoas interpostas e/ou empresas de fachada, alguns dos
investigados teriam movimentado, em poucos meses e sem justificativa aparente,
valores acima de R$ 1 milhão de reais, de modo incompatível com a renda e/ou
patrimônio por eles declarados.
Na operação, em decorrência das diligências junto a imóveis
localizados na Serrinha, Parque Dois Irmãos e Mondubim, foram apreendidos
celulares, maquinetas de cartão de crédito, notebooks e documentos, que serão
analisados pelos órgãos especializados. Houve, ainda, o cumprimento de buscas
junto às celas de investigados que já se encontravam presos, mas nada de
relevante foi encontrado.
Por: Inova News/MP-CE
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