Sanções contra ministro Alexandre de Moraes é aprovada pelo Comitê do Congresso dos Estados Unidos

O texto, defendido por congressistas do Partido Republicano, segue agora para análise no plenário da Casa

Foto: Reprodução

O Comitê do Congresso dos Estados Unidos aprovou, nesta quarta-feira (26), um projeto de legislação que propõe sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, Alexandre de Moraes. A medida foi recebida com entusiasmo por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e por uma ala do Partido Republicano, alinhada ao ex-presidente Donald Trump.

A votação no Comitê Judiciário teve maioria republicana, mas também contou com o apoio do democrata Jamie Raskin (Maryland). Para ser aprovado, o texto precisava de 23 votos entre os 44 membros do colegiado, composto por 25 republicanos e 19 democratas. Agora, para virar lei, precisará de pelo menos 218 votos na Câmara dos Representantes, um número equivalente à bancada republicana.

A proposta, que ainda precisará passar por outras etapas no Congresso americano antes de ser implementada, argumenta que Moraes tem supostamente adotado medidas que ferem princípios democráticos e a liberdade de expressão no Brasil. O ministro é uma figura central em inquéritos sobre a disseminação de fake news e atos antidemocráticos no país, incluindo processos que envolvem aliados do ex-presidente Bolsonaro.

Reações distintas no Brasil.

Setores conservadores e bolsonaristas comemoraram a decisão, interpretando-a como uma resposta às ações de Moraes contra figuras da oposição. Por outro lado, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adota uma postura cautelosa, evitando atritos com o governo americano e monitorando o impacto da medida na relação bilateral.

Especialistas apontam que a aprovação do projeto no Comitê reflete a crescente influência de setores da direita americana sobre questões políticas brasileiras. Além disso, há preocupação sobre como essa movimentação pode influenciar as eleições de 2026 no Brasil, especialmente se houver uma maior colaboração entre os partidos conservadores dos dois países.

O governo brasileiro segue atento à evolução do tema no Congresso americano, enquanto a oposição observa os desdobramentos como possível reforço para suas pautas contra o atual Judiciário brasileiro.

      Por: Inova News      

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