Brad Sigmon foi condenado à morte por matar os pais de ex-namorada com um taco de beisebol.
Brad Sigmon foi executado por um pelotão de fuzilamento pelo estado da Carolina do Sul. (Crédito: AP)
Brad Sigmon, de 67 anos, foi executado na sexta-feira, 7 de
março de 2025, na Carolina do Sul, tornando-se o primeiro prisioneiro nos
Estados Unidos em 15 anos a ser morto por um pelotão de fuzilamento. Condenado
em 2002 pelo assassinato dos pais da sua ex-namorada com um taco de beisebol,
Sigmon optou por este método de execução devido à sua desconfiança na injeção
letal e na cadeira elétrica
Antes de sua execução, Sigmon escolheu como última refeição
uma tradicional refeição sulista: frango frito, feijão verde, purê de batatas
com molho, biscoitos, cheesecake e chá doce. Inicialmente, ele solicitou três
baldes de frango frito da KFC para compartilhar com outros presos, pedido que
foi negado.
A execução
Durante a execução, Sigmon foi amarrado a uma cadeira na
câmara de execução, com um capuz sobre a cabeça e um alvo colocado sobre o
coração. Três voluntários do Departamento de Correções da Carolina do Sul
dispararam rifles simultaneamente contra o peito de Sigmon. Ele continuou a
respirar brevemente após os disparos, sendo declarado morto por um médico às
18h08.
Segundo testemunhas da execução, Sigmon estava totalmente
vestido de preto, incluindo os crocs que ele calçava. Ele parecia sereno ao
acenar para seu advogado, e pronunciou suas últimas palavras antes de um capuz
ser colocado. O fuzilamento ocorreu após cerca de dois minutos de um
momento silencioso na câmara de execução, durante o qual o condenado suspirou
profundamente algumas vezes.
As testemunhas também relataram sangue após os disparos e um
buraco provocado por uma bala na altura do peito esquerdo.
Nos momentos finais, Sigmon expressou remorso por seus crimes e defendeu o fim da pena de morte como forma de punição. Seus advogados destacaram seus esforços de reabilitação e seu papel como conselheiro espiritual informal para outros presos.
Última Palavras
"Quero que minha declaração de encerramento
seja de amor e um chamado aos meus companheiros cristãos para nos ajudar a
acabar com a pena de morte", disse Sigmon. "Olho por olho foi usado
como justificativa para o júri buscar a pena de morte. Naquela época, eu era
ignorante demais para saber o quão errado isso era."
"Nós agora vivemos sob o Novo
Testamento", prosseguiu. Em seguida, ele citou uma passagem do Evangelho
segundo São Mateus: "Ouvistes o que foi dito: 'Olho por olho, dente por
dente'. Mas eu vos digo: não resistais a quem faz o mal. Ao contrário, se
alguém te bater na face direita, apresenta-lhe também a outra face."
"Em nenhum lugar no Novo Testamento Deus dá
ao homem a autoridade para matar outro homem", afirmou Sigmon, antes do
fuzilamento.
Opositores da pena de morte rezam do lado de fora do complexo prisional de Columbia enquanto Brad Sigmon é executado na sexta-feira, 7 de março de 2025. (Foto de Jessica Holdman/SC Daily Gazette)
Execução por fuzilamento
A execução por pelotão de fuzilamento é rara nos Estados
Unidos. Desde 1976, quando a pena de morte foi restabelecida, apenas quatro
execuções desse tipo ocorreram, todas em Utah. A última foi em 2010, com Ronnie
Gardner. Atualmente, cinco estados permitem esse método: Idaho, Mississippi,
Oklahoma, Carolina do Sul e Utah.
A Carolina do Sul aprovou o uso do pelotão de fuzilamento em
2021 devido à dificuldade em obter drogas para injeção letal, tornando-se uma
opção para os condenados escolherem em vez da cadeira elétrica.
A execução de Sigmon reacendeu debates sobre a pena de morte e
os métodos utilizados, com críticos questionando a humanidade e a eficácia
dessas práticas.
Por: Inova News
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