Ministro das Comunicações é denunciado pela PGR por suspeita de desvio de verbas

A denúncia marca mais um momento delicado para o governo federal, colocando em xeque a palavra do presidente Lula

Foto: Reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta terça-feira uma denúncia contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. A acusação envolve suspeitas de participação em um esquema de desvio de emendas parlamentares.

A denúncia marca mais um momento delicado para o governo federal, colocando em xeque a palavra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia defendido a permanência do ministro mesmo diante de investigações preliminares.

Denúncia e investigação

Depois de denúncias do jornal O Estado de São Paulo, a PF começou a investigar Jucelino. Segundo a reportagem em janeiro de 2023, Juscelino, então deputado federal, destinou recursos de emenda parlamentar para asfaltar uma estrada na cidade que passava pela fazenda da sua família. 

Quando a PF acusou Juscelino, Lula disse ao ministro que se o procurador-geral o indiciasse, “ele [ministro] teria que mudar de posição”. Em entrevista ao site UOL, no período do episódio com a PF, jornalistas perguntaram ao presidente se haveria o afastamento em caso de denúncia. A resposta foi direta: “Vai ser afastado. Ele [Juscelino] sabe disso.”

A denúncia será agora analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá sobre a abertura de um processo criminal contra o ministro.

Este novo capítulo representa um momento particularmente sensível para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O chefe do Executivo havia, em ocasiões anteriores, manifestado apoio à permanência de Juscelino no cargo, mesmo com o avanço de investigações preliminares.

O Palácio do Planalto ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Fontes próximas ao presidente afirmam que Lula está "avaliando a situação com cautela", mas que uma eventual substituição no Ministério das Comunicações não está descartada.

O caso pode gerar impacto político considerável e reacender críticas à gestão petista quanto ao combate à corrupção e à nomeação de aliados sob suspeita para cargos estratégicos.

      Por: Inova News      

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