O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, consegue 264 assinaturas dos deputados federais
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados,
Sóstenes Cavalcante (RJ), protocolou nesta segunda-feira (14) o pedido de
urgência para a tramitação do projeto de lei que concede anistia aos acusados
de envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A movimentação
foi antecipada como resposta à articulação da base do governo federal, que,
segundo o parlamentar, estaria tentando desmobilizar o apoio à proposta.
A informação foi inicialmente divulgada pelo pastor Silas
Malafaia, aliado político de Cavalcante, e confirmada pelo portal Revista
Oeste. O requerimento de urgência, que inicialmente seria apresentado
apenas no fim de abril, recebeu 264 assinaturas e foi formalmente registrado no
sistema da Câmara dos Deputados.
“Amigos, acabo de dar entrada ao requerimento de urgência
do PL da Anistia”, escreveu Cavalcante em mensagem direcionada a colegas
parlamentares. Com 264 assinaturas, devido às notícias recebidas de que o
governo está pressionando os deputados a retirar assinaturas, mudei a
estratégia. Agora está protocolado o documento e público todos que assinaram.”
Em declaração à imprensa, o deputado afirmou que a medida visa
garantir que o projeto siga em frente apesar das tentativas de interferência: “O
governo não vai nos pegar de surpresa mais”, disse.
O projeto de lei da anistia tem gerado forte polarização no
Congresso e entre setores da sociedade. Seus defensores alegam que muitos dos
investigados foram vítimas de exageros jurídicos e perseguições políticas. Já
os críticos consideram a proposta uma afronta ao Estado Democrático de Direito,
por tentar apagar responsabilidades por atos que culminaram na invasão e
depredação das sedes dos Três Poderes.
Sobre a proposta
A proposta de urgência permite que o texto vá diretamente ao
plenário, sem passar por comissões temáticas. Ainda não há data definida para a
votação.
A expectativa é de que o projeto se torne um dos principais
pontos de tensão entre oposição e governo nas próximas semanas.
Por: Inova News
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